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Luiz Marinho e Colares batem boca na Comissão da Previdência

O presidente da CUT defendeu o fim do acúmulo das aposentadorias, inclusive as do deputado, que contra-atacou afirmando que a central não apóia a greve do funcionalismno

Por Agencia Estado
Atualização:

include "$DOCUMENT_ROOT/ext/eleicoes2002/governolula/ticker.inc"; ?> O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, defendeu hoje, na Comissão Especial da Reforma da Previdência, a proibição do acúmulo de aposentadorias e pensões no serviço público, acima do teto. "Tem gente que recebe como prefeito, como deputado, como governador e isso é um escândalo", disse. Marinho informou que a CUT vai acionar o Ministério Público para que sejam investigadas aposentadorias e pensões irregulares. Durante a audiência, Marinho acabou batendo boca com o deputado Alceu Collares (PDT-RS). O pedetista acusou a CUT de não estar apoiando a greve dos servidores e de ter uma posição dúbia sobre a reforma da Previdência. Em resposta às provocações, Marinho disse que a CUT apóia a greve, mas que não acha correto pedir a retirada da reforma da Previdência. O sindicalista disse que é necessária uma reforma, mas não essa apresentada pelo governo. "É preciso ter uma reforma até para impedir o acúmulo de aposentadorias de ex-governadores com outras pensões, como é o caso de Vossa Senhoria", disse Marinho, apontando para Collares. "Aí entendo o seu desespero", acrescentou. Collares reagiu dizendo que recebe apenas duas aposentadorias, além do salário: uma como telegrafista e outra como ex-governador. E lembrou que o ex-governador, Olívio Dutra e atual ministro das Cidades, também tem aposentadoria de ex-governador do Rio Grande do Sul. Os petistas, no entanto, disseram que quando assumiu o ministério, Dutra optou por receber apenas o salário de ministro. Collares acusou ainda o presidente Lula de também receber uma aposentadoria, além do salário.

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