PUBLICIDADE

Luciano Rezende vence em Vitória

Candidato do PPS se elege na capital do Espírito Santo com 52,73% dos votos

Por Clarissa Thomé
Atualização:

RIO - O médico Luciano Rezende (PPS) foi eleito prefeito de Vitória neste domingo, 28, com pouco mais de 10 mil votos de diferença em relação ao segundo colocado, o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). Rezende ficou com 52,73% dos votos (98.937), enquanto o tucano teve 47,27% (88.687). A apuração terminou 45 minutos depois do fechamento das seções eleitorais.

PUBLICIDADE

A questão da violência na capital capixaba foi um dos temas debatidos durante a campanha. Ao votar, Rezende voltou a falar do assunto. Lembrou que Vitória é a segunda capital "mais violenta do País". Prometeu "um programa forte em conjunto com o governo" para urbanizar e iluminar a cidade e, assim, "combater as drogas".

O prefeito eleito votou ao lado da mulher, Marina, e dos filhos, Davi, de 5 anos, e Artur, de 3, pela manhã. Rezende disse que haverá maior participação popular durante sua gestão e criticou a grande quantidade de cargos comissionados na máquina pública.

A eleição de Rezende, vereador de Vitória por quatro mandatos, entre 1995 e 2008, interrompe sequência de 24 anos de gestões alternadas entre PT e PSDB. A cidade esteve sob administração petista nos últimos oito anos, mas a candidata do partido, a ex-ministra Iriny Lopes, teve apenas 18,42% dos votos no primeiro turno e ficou de fora da disputa. Vitória foi a única capital em que a base de apoio do governo Dilma Rousseff não teve representante no segundo turno e se tornou a única capital em que o PPS elegeu o prefeito.

Já o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas, que começou a disputa como favorito, enfrentou o que classificou como "campanha de submundo, indigna". Passou parte do segundo turno negando as acusações de que seria alcoólatra e usuário de drogas e chegou a levar os três filhos ao horário eleitoral gratuito para defendê-lo. A estratégia ajudou a diminuir a diferença, que chegou a 20 pontos porcentuais.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.