Lobão e Hubner se encontram, mas não discutem cargos

Lula confirmou o nome do senador do PMDB para o cargo na noite da última quarta-feira

O ministro indicado de Minas e Energia, Edison Lobão, chegou nesta quinta-feira, 17, à sede do ministério, onde conversará com o ministro interino, Nelson Hubner. Lobão disse aos jornalistas que Hubner lhe apresentará um balanço da situação do ministério e que não conversarão sobre cargos, uma vez que o ministro interino está deixando o posto.   Lobão confirmou que sua posse será na próxima segunda-feira e informou que a cerimônia está prevista para as 10 horas, no Palácio do Planalto. Informou também que dará entrevista após a conversa com Hubner.     Convite   Componentes.montarControleTexto("ctrl_texto") Uma semana depois de receber a indicação do PMDB e após sinalizar publicamente em Cuba seu incômodo com as denúncias contra Lobão e seu filho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalmente cedeu e nomeou  o parlamentar para ministro das Minas e Energia. Ele assumirá na segunda-feira, substituindo Silas Rondeau, que deixou o cargo em maio depois de acusado pela Polícia Federal (PF) de envolvimento com o esquema de corrupção da Construtora Gautama. Além das denúncias contra ele e seu filho e suplente, Edison Lobão Filho (DEM-MA), o senador assume o cargo sob desconfiança do setor elétrico. O temor é de que não tenha suficiência técnica para gerenciar o setor num momento de crise de escassez de energia. Lobão recebe o cargo, mas policiado por homens da confiança técnica e pessoal da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que foi titular de Minas e Energia no primeiro mandato de Lula. Após o encontro de uma hora com Lula, Lobão negou divergências com Dilma. ?Ela disse que jamais fez referências contra meu nome, pelo contrário, afirmou ter todo o apreço por mim?, disse. Também se alinhou ao discurso da ministra, descartando a hipótese de racionamento de energia. "Não haverá apagão, temos de ser otimistas com responsabilidade.? Por recomendação do presidente, Lobão esteve à noite com Dilma, que defendia a nomeação de um técnico. O ministro interino, Nelson Hubner, ligado a ela, deixará a pasta e será aproveitado em outra função.