Lira e Baleia divergem sobre projetos que retiram poder de governadores sobre as polícias

Apoiado por Bolsonaro na Câmara diz que pode levar projetos a votação; já emedebista afirma que discussão é ‘inoportuna’

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Por Camila Turtelli e Nicholas Shores
Atualização:

Candidato apoiado por Jair Bolsonaro à presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) afirmou que poderá pôr em votação projetos que retiram poder de governadores sobre as polícias civil e militar, caso haja maioria ou pedido de urgência. Adversário de Lira na disputa, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) disse ver a discussão como “inoportuna”.

Nas polícias, pautas são vistas como defesa das corporações contra ação política Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

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“Eu não vou engavetar projeto nem pautar projeto que ache correto. Qualquer pauta com maioria no colégio de líderes, pedido de urgência aprovado, vai ser pautado e o plenário resolve”, afirmou Lira. Questionado, ele não respondeu se já debateu esses projetos com a Frente da Segurança Pública, a chamada bancada da bala, mas disse que tem ouvido os grupos. “Me reuni com membros da Segurança Pública, Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Saúde, Educação, bancada feminina, frente evangélica, as maiores frentes representadas na Casa estão sem voz.” O projeto das PMs é relatado pelo deputado Capitão Augusto (PL-SP), líder da bancada da bala.

Candidato de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, Baleia disse ver inconstitucionalidade nas propostas. “Acho que essa discussão é inoportuna porque, constitucionalmente, as polícias estão vinculadas aos Estados e funcionam bem. Nós temos que ter cooperação dos Estados com a União em tudo que for necessário, mas acredito que isso é algo que funciona e funciona bem. Não tem porque ter esse debate agora”, afirmou o emedebista durante visita a Florianópolis.

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