11 de maio de 2016 | 13h45
BRASÍLIA - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou há pouco que lamenta a decisão do ministro Teori Zavaski, que recusou o recurso do governo contra o impeachment da presidente. "O Supremo reconheceu e afastou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara por desvio de finalidade e o maior ato de desvio foi o recebimento da denúncia (de impeachment), foi ali que ele começou com o desvio", disse antes de ressaltar que o governo tinha consciência de que seria difícil uma decisão favorável ao governo.
Uma das críticas do senador foi o nome escolhido por Michel Temer para o Ministério da Justiça. Segundo ele, Alexandre de Moraes, atual secretário de Segurança do governo Alckmin em São Paulo, foi advogado particular do ex-presidente da Câmara.
Lindbergh afirmou que se hoje a votação terminar com até 56 votos contra o governo, é um resultado positivo. "Porque precisaremos virar só dois ou três senadores (para evitar a condenação de Dilma no fim do processo) e isso não é difícil de mudar", afirmou, antes de reconhecer o placar "adverso". "Estamos trabalhando com o prazo do julgamento final", frisou.
Após a decisão do STF contrária ao governo, o senador governista afirmou que hoje não haverá novos recursos, só após a votação pelo Senado. "Vamos entrar com várias medidas depois da votação", destacou.
O senador do PT afirma que prevê um governo Temer em crise, porque, a seu ver, o peemedebista não tem legitimidade. "Em um governo de crise e impopular os votos no Senado mudam muito. Eu prevejo que vamos ter um governo Temer interino e podemos derrotar esse processo ao final."
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