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Líderes não chegam a acordo sobre CPI do Apagão Aéreo

Proposta de criar uma comissão especial apenas para investigar assunto foi recusada

Por Agencia Estado
Atualização:

A reunião do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), com os líderes partidários nesta terça-feira, 20, resultou em mais uma tentativa fracassada de acordo entre governo e oposição em torno da CPI do Apagão Aéreo. A proposta governista era a de criar uma comissão especial, em vez de uma CPI. Esse tipo de comissão, no entanto, não tem os mesmos poderes de uma CPI e não pode, por exemplo, convocar pessoas para depor. O líder do PFL, Onyx Lorenzoni (RS), recusou a proposta. De acordo com Lorenzoni, uma comissão para discutir o setor aéreo já havia sido criada em 2006, mas não obteve resultados. "A CPI desafia o governante a dar respostas rápidas", disse o deputado. "Não é razoável esperar uma nova tragédia." Sem acordo, a oposição pretende dar continuidade à estratégia de obstruir as votações. Entre as 12 medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta da Câmara, estão aquelas relacionadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na segunda-feira, 19, a oposição propôs um acordo, que não foi aceito pelos governistas. Na ocasião, o PFL, o PSDB e o PPS concordaram em suspender as obstruções e facilitar as votações, caso a CCJ adiasse para a próxima semana a votação do recurso do PT contra a instalação da CPI. A CCJ reuniu-se na manhã desta terça-feira para votar o recurso que tenta barrar a comissão. No entanto, por volta das 11 horas, os partidos da oposição ainda mantinham as obstruções.

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