Líderes investem na aprovação da LDO

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Por Agencia Estado
Atualização:

Em meio à crise política instaurada no Congresso, os líderes dos partidos governistas investirão, a partir desta semana, na aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A Lei precisa ser votada até o fim deste mês para que os parlamentares entrem de recesso. Com as negociações em torno da LDO, os governistas esperam retomar as votações no plenário da Câmara, paralisadas há quase dez dias. Esta semana foi considerada "perdida" pelos líderes aliados ao Palácio do Planalto, depois da decisão do presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), de votar a emenda constitucional que limita o poder do presidente da República de editar medidas provisórias (MPs). A última votação importante no plenário da Câmara foi no dia 30, quando os deputados aprovaram o projeto de lei complementar que estabelece a correção das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), decorrente de perdas com planos econômicos. Uma semana antes, no dia 23, foi aprovada a proposta que regulamentava o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza. "Votamos projetos importantes neste período, mas é claro que votamos em ritmo mais lento matérias que poderiam ter sido apreciadas numa velocidade maior, se não houvesse a crise" admitiu o líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP). De fato, um levantamento entre as votações feitas no primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2000 mostra que as crises política e de energia não conseguiram paralisar totalmente os trabalhos da Câmara. Comparativamente, os deputados votaram este ano praticamente a mesma quantidade de propostas que no mesmo período de 2000. Enquanto em 2000 os deputados apreciaram em plenário 24 projetos de lei entre 15 de março e 7 de junho, este ano foram votadas outras 20 propostas de lei entre 21 de fevereiro e 30 de maio. Apesar do otimismo, os governistas estão conscientes de que o tempo é curto antes do recesso, a base aliada ao Planalto está em crise e, por isso, só pretendem investir na votação de propostas consensuais. Para as três semanas que restam antes do recesso parlamentar, os líderes das legendas governistas fizeram uma lista com 27 propostas para serem apreciadas. Sabem, no entanto, de antemão, que, dificilmente, esses projetos serão todos votados.

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