Os presidentes dos três partidos que organizaram neste sábado, 10, um encontro para o lançamento da pré-candidatura de José Serra à Presidência - PSDB, DEM e PPS - fizeram discursos alinhados, ressaltando que o Brasil de hoje é uma conquista da alternância de poder e que é preciso continuar a avançar. "Reconhecemos que a vida do povo está melhor. O desafio é acelerar", disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra. "O País não estaria nessa situação se lá trás o ex-presidente Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso não tivessem tido coragem e competência de implementar o Real", prosseguiu o tucano.
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Ao destacar que José Serra é "o nome mais qualificado" para governar o País, o presidente do PSDB previu que a campanha deste ano será "a mais difícil" de todos os tempos. "Não podemos subestimar nossos adversários", discursou. "Temos que eleger José Serra para colocar o Brasil nos trilhos", emendou, convocando a militância tucana, que lotou o Centro de Eventos Brasil 21.
Presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia (RJ), foi duro. Disse que o que preocupa os partidos de oposição é que o governo atual "não aceita críticas, não tolera adversários e opositores e não aceita a imprensa livre". "Quantas vezes tentaram, e depois tiveram de recuar, na tentativa de controlar e manipular a liberdade de expressão?"
Sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a candidata do PT, a ex-ministra Dilma Roussef, Maia disse que o governo atual é "conivente com a corrupção" e que vai na contramão da história. "Enquanto o mundo quer unir, eles querem dividir. Dividir o Brasil entre ricos e pobres e, principalmente, entre companheiros e não-companheiros."
Assim como Sérgio Guerra, que o antecedeu, Maia repisou que o Brasil não foi descoberto em 2003, "como quer fazer acreditar a candidata a presidente petista".
Último dos três presidentes de partido a discursar, Roberto Freire, mirou no que chamou de "desrespeito à Justiça" o "deboche" do presidente à multa aplicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por causa "do reiterado uso da máquina pública na campanha eleitoral de Dilma".