Líder sem-terra é assassinado em município pernambucano

Polícia acredita que assassinato pode ter sido motivado por disputa com fazendeiros

Por Agencia Estado
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O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais e Urbanos Brasileiros (MTRUB), Amaro Fernando da Silva, 56 anos, foi morto com pelo menos cinco tiros - dois deles na cabeça - na noite de quarta-feira, 7, em Amaragi, em Pernambuco. A polícia acredita que o assassinato pode ter sido motivado por uma disputa entre movimentos de sem-terra ou por uma rixa com fazendeiros. Silva já tinha sido ameaçado de morte, segundo a polícia local. Em Lábrea, no sul do Amazonas, a líder do assentamento de sem-terra na região, Saloni Santos de Barros, a Rosa Sem-Terra, denunciou à Polícia Federal e à Polícia Militar em Manaus soldados da PM supostamente envolvidos em irregularidades. Enviados para "garantir ordem" entre os sem-terra e o fazendeiro Atanásio José Schneider, que disputam 37 mil hectares, os policiais estariam usando caminhonetes cedidas pelo fazendeiro. Segundo Rosa, ela está jurada de morte desde o ano passado, assim como Biro-Biro, outro líder dos sem-terra. Outros dois líderes do assentamento de 1.500 famílias que também estavam juradas de morte desde 2006 foram atacadas por pistoleiros. Gedeão da Silva foi assassinado em fevereiro do ano passado e Carlos Passos levou seis tiros na semana passada. A polícia informou que outros 20 homens foram enviados e auditoria interna verificará as denúncias. Sergipe No município de Maruim, em Sergipe, cerca de 280 trabalhadores rurais invadiram por mais de sete horas a agência local da Caixa Econômica Federal. Eles pediam a liberação de parte da verba para construção de casas num assentamento na cidade de Capela. Após o protesto, a superintendência do banco no Estado autorizou a liberação de R$ 1,6 milhão. Em Aracaju, 700 integrantes do Movimento dos Sem-Terra e da Via Campesina participaram de passeata para celebrar o Dia Internacional da Mulher na quinta-feira, 8. Durante o percurso, pararam na sede regional do Incra e entregaram uma pauta de reivindicações.

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