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Líder indica que PDT deve endossar CPI contra Yeda

Por CARLOS ROLLSING
Atualização:

Se depender da decisão do PDT, a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas fraudes do governo Yeda Crusius (PSDB) deve prosperar. O líder da bancada pedetista na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adroaldo Loureiro, disse que, após o surgimento de novas denúncias de crime eleitoral no final de semana, a sigla está mais inclinada a assinar o requerimento proposto pela bancada do PT. "A tendência de assinarmos agora é maior do que na semana passada", afirmou. A decisão será conhecida na terça-feira, quando o partido se reunirá para tomar uma posição. A oposição possui 12 das 19 assinaturas necessárias para criar a CPI. A bancada do PDT deverá acrescentar mais seis adesões, trazendo consigo outros dois parlamentares do DEM, alcançando 20 apoiadores.Adroaldo Loureiro afirmou que o objeto da investigação deve ser exclusivamente a má aplicação de dinheiro público e possíveis fraudes em licitações do governo gaúcho. "Devemos nos deter nas competências do Legislativo. As suspeitas de direcionamento nas licitações das barragens dos arroios Jaguari e Taquarembó são relevantes para nós", disse Loureiro, ao referir-se às obras do governo estadual que estão sob investigação da Polícia Federal (PF). Dessa forma, as supostas práticas de caixa dois durante a corrida eleitoral de 2006 poderiam servir como combustível político, mas não constariam no foco da CPI.Ontem, a revista Veja trouxe novas denúncias referentes à campanha de Yeda Crusius ao Palácio Piratini. O vice-governador Paulo Feijó (DEM) teria repassado ao então tesoureiro do PSDB, Rubens Bordini, a quantia de R$ 25 mil captada junto a uma concessionária de veículos. O valor não aparece na declaração entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Conforme a publicação, Yeda Crusius também teria utilizado R$ 400 mil provenientes de caixa dois para comprar uma casa em Porto Alegre.

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