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Líder governista recomenda a Levy 'tirar férias' para melhorar a economia

O líder do PSD na Câmara e Levy discutiram quando a presidente Dilma Rousseff já havia saído da reunião; o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, teve que intervir

Por Daniel de Carvalho e Bernardo Caram
Atualização:

Brasília - Em meio ao bate-boca entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), durante reunião no Palácio do Planalto nesta terça-feira, 15, o responsável pela política econômica do País foi aconselhado pelo deputado a "tirar férias" para melhorar a economia nacional.

Em seu lugar, recomendou Rosso, deveria ficar um desenvolvimentista. O líder do PSD na Câmara e Levy discutiram quando a presidente Dilma Rousseff já havia saído da reunião. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, teve que intervir na discussão, como informou o Estado nesta tarde.

A presidente, Dilma Rousseff reunida com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy durante reunião com integrantes da base aliada no Senado, no Palacio do Planalto Foto: Dida Sampaio/Estadão

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"Sugeri ao ministro tirar férias e, no lugar dele, colocar um desenvolvimentista", afirmou Rosso. Ele cobrou humildade a Levy e insinuou que o ministro e Dilma estão em descompasso, já que a presidente convocou os líderes para uma nova reunião nesta quinta-feira, 17, para apresentarem sugestões, enquanto o ministro não os ouve.

"O ministro é o líder da política econômica e tem que ter humildade de ouvir sugestões", afirmou Rosso. "Não pode ser um ministro que dita as regras da economia", disse. Ainda no encontro, o líder do PSD sugeriu que Levy "fosse mais em chão de fábrica" e também que estimulasse mais a produção.

Disse ainda que a política econômica dele não está funcionando. De acordo com parlamentares que estavam na reunião, inclusive Rosso, Levy reagiu atribuindo ao Congresso a culpa pela perda do grau de investimento do Brasil segundo a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P).

Críticas. Os líderes da base governista fizeram críticas ao programa de corte de despesas e aumento de receitas anunciado nesta segunda-feira, 14, pelo governo. Eles relataram dificuldade para que a nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) seja aprovada no Legislativo. Houve também reclamações quanto à obrigatoriedade da destinação das emendas parlamentares à saúde e a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A presidente afirmou durante o encontro que até o dia 23 anunciará as mudanças nos ministérios dentro da reforma administrativa.

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