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Líder do PT critica lentidão da Justiça no caso Waldomiro

Por Agencia Estado
Atualização:

A líder do bloco governista, senadora Idelli Salvatti (PT-SC), acusou ontem a Justiça de agir com morosidade na investigação do Caso Waldomiro, a ponto de estimular as acusações da oposição contra o governo pela demora na quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico do ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz. ?Vamos dar responsabilidade a quem de direito?, disse, referindo-se à necessidade de os opositores dirigirem suas críticas ao Judiciário e não ao Palácio do Planalto. ?Não consigo entender porque, num caso desses, a Justiça não tem celeridade?, afirmou. ?Há infelizmente muita demora na quebra dos sigilos por parte da Justiça, mas a sindicância na Casa Civil está encerrada?, avisou. A estratégia da líder, na defesa do governo, é a de insistir em jogar a oposição contra oposição. Mais precisamente, a de insinuar que o presidente do PSDB, José Serra, com o auxílio do subprocurador José Roberto Santoro, teria atuado no esquema para inviabilizar a candidatura à presidência da pefelista e atual senadora Roseana Sarney (MA), no conhecido caso de apreensão de dinheiro na empresa dele, a Lunus. A líder insistiu nessa tese ontem, ao acusar Serra de ter mentido quando negou que Santoro fosse seu subordinado. Em nota, divulgada quarta-feira, José Serra afirmou que o procurador José Roberto Santoro nunca foi seu subordinado no Ministério da Saúde e que tinha sido indicado junto com outros dois procuradores pelo então Procurador Geral da República Geraldo Brindeiro, para integrar um Grupo de Acompanhamento de Responsabilização com a finalidade de apurar reclamações, fraudes e outras irregularidades apontadas pelos usuários do SUS. A criação desse grupo interministerial foi feita por Portaria conjunta do Ministério da Saúde e Procuradoria Geral da República. ?O que ela faz sempre é procurar bodes expiatórios, em vez de acusar o Waldomiro e seus amigos?, acusou o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). O senador Heráclito Fortes (PFL-PI), por outro lado, protestou pela insistência da líder em lembrar do caso Lunus. ?Parece haver um prazer mórbido de trazer de volta o episódio de que foi vítima a senadora Roseana Sarney?, afirmou. ?É preciso que as pessoas encontrem exemplos mais sólidos para justificar erros atuais?.

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