Líder do PSDB rebate provocação de Lula e o chama de leviano

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Por Agencia Estado
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O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), chamou hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "leviano, injusto e irresponsável", ao responder a comentário feito pelo presidente aos líderes aliados, de que o crescimento econômico "não é vôo de galinha nem de tucano", mas é real. "Surpreendeu-me a declaração de Vossa Excelência quanto à economia brasileira não estar alçando "vôo de tucano". Perdoe-me, presidente, mas aí se demonstra um traço negativo de caráter. Vossa Excelência, festivo e inconseqüente como sempre, foi leviano, injusto e irresponsável. Afinal, anteontem seus líderes no Senado imploravam às oposições - e ao PSDB - pela aprovação das Parcerias Público-Privadas", afirmou o líder tucano, em carta aberta dirigida ao presidente Lula. Segundo Virgílio, os líderes na Câmara "realizaram performance idêntica, obtendo, por essa via, nova votação favorável - até quebrando a praxe e a lógica - em matéria tão delicada e relevante". "Hoje, mais uma vez, noembalo das comemorações natalinas, Vossa Excelência se livra do fardo da humildade estudada e retoma a arrogância que, em última análise, é a capa protetora dos incompetentes", prossegue a carta. O líder criticou o governo de Lula, afirmando que ele "inexiste do ponto de vista administrativo". "Sobrevive, basicamente, por obra e graça do trabalho dos oito anos que o antecederam e de uma conjuntura internacional temporariamente benfazeja", disse. Mais uma vez, o tucano fez elogios ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ao afirmar, na carta aberta ao presidente, que, naquilo que representa "continuidade", o governo vai bem, "Palocci à frente. No que inovou, foi um fracasso, frustração e desânimo. A Vossa Excelência, é notório, tem cabido o papel de showman, sempre disposto ao espetáculo, à fantasia e aos bonés", continuou. O líder inicia a carta desejando votos pela passagem do Natal e manifestando a esperança de que o Ano Novo venha "repleto de lucidez e decência para o seu Governo". No final da carta, afirma: "Aprovamos as PPPs pelo País e não pelos seus belos olhos; jamais em troca de cargos e vantagens pessoais, fisiológicas. Deploramos, ainda assim, a falta de seriedade com que Vossa Excelência trata seus opositores. Lamentamos o lapso de caráter e o imediatismo de suas intervenções. Desejo-lhe, de novo, um feliz 2005. Temos encontro marcado para esse ano, e a ele o PSDB não faltará. Não falte Vossa Excelência também".

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