18 de abril de 2012 | 18h19
A reportagem publicada nesta quarta-feira informa que, segundo o Ministério Público, houve prática de lavagem de dinheiro em operações que movimentaram mais de R$ 25,8 milhões entre 2010 e 2011. Análise da lista de beneficiários de pagamentos realizados pela Alberto e Pantoja indica que a Delta pode ter abastecido contas bancárias em nomes de pessoas que negam, publicamente, ter recebido as quantias registradas na perícia da Polícia Federal (PF).
Segundo o inquérito da Operação Monte Carlo, da PF, o ex-diretor da Delta Cláudio Abreu atuava com Carlinhos Cachoeira e seu grupo para obter vantagens e contratos com o poder público. "É inevitável ouvi-lo", afirmou o líder tucano em referência a Fernando Cavendish. Mesmo antes do início dos trabalhos da CPI, previsto para começar na semana que vem, Dias já começou a elaborar o requerimento para tentar levá-lo para falar na comissão.
"É preciso esclarecer esta relação do Cachoeira com a Delta, o uso de empresas de fachada", disse Alvaro Dias. O líder tucano também pretende ouvir Cavendish sobre uma gravação divulgada na internet em que o dono da Delta teria dito que é "fácil comprar políticos". No ano passado, Dias apresentou uma interpelação judicial em que pede ao empreiteiro que dê os nomes para quem ele teria oferecido propina.
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