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Líder do PSDB no Senado lamenta prisão de Azeredo e nega impacto sobre Alckmin

O PSDB tem uma postura diferente do PT. Nós respeitamos a lei e as instituições, diz Paulo Bauer

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Por Daniel Weterman
Atualização:

 O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), disse "lamentar" a prisão do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo, que se entregou nesta quarta-feira à Polícia Civil, após condenação em segunda instância a 20 anos de prisão por envolvimento no caso do mensalão mineiro.

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Ao ponderar o impacto da prisão de Azeredo, que governou o segundo maior colégio eleitoral do País pelo PSDB, líderes tucanos têm argumentando que ele não tinha mais atividade partidária e procuraram voltar as críticas na direção do PT.

Momento em que Eduardo Azeredo é levado à delegacia após se entregar à Polícia em Minas. Foto: Cristiane Mattos/O Tempo

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"O PSDB tem uma postura diferente do PT. Nós respeitamos a lei e as instituições, a gente não fica fazendo acampamento na frente da prisão xingando a Justiça", disse Paulo Bauer ao Broadcast Político, comparando a situação com a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o dia 7 de abril em Curitiba.

O senador tucano afirmou que acredita na honestidade "pessoal" de Azeredo. "Eu pessoalmente lamento, porque conheço o Eduardo Azeredo e sei que ele não deve ter se apropriado pessoalmente de nenhum centavo que não seja lícito. Com relação à campanha eleitoral, se a Justiça entendeu que houve prática de ilegalidade, obviamente tem que tomar decisões", ponderou Bauer. Em sabatina realizada pela Folha de S.Paulo, UOL e SBT nesta quarta-feira, o presidente nacional do partido e pré-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin, procurar diferenciar o PSDB do PT com o mesmo argumento. "Não vamos acampar na porta de penitenciária", afirmou. Para Paulo Bauer, a situação de Azeredo não prejudica a pré-campanha de Alckmin. "Não consideramos que esse fato vai prejudicar uma campanha ou comprometer a imagem, até porque nós defendemos o cumprimento da lei e não questionamos nem afrontamos a Justiça." Com o argumento de que Azeredo estava afastado da vida partidária, o partido nega discutir internamente a situação e tratar o assunto na comissão de ética da legenda.

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