O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), anunciou, em discurso na tribuna nesta terça-feira, 23, seis condições para que seu partido aceite discutir a prorrogação da CPMF. A bancada do PSDB no Senado decidiu dar um prazo de 15 dias para que o governo apresente as suas propostas de mudanças na CPMF. Veja também: Entenda a cobrança da CPMF Planalto monta 'gabinete' no Senado para negociar CPMF Em dia de CPMF, Senado livra tucano e 'congela' caso Renan PSDB dá 15 dias para governo propor mudanças na CPMF Entre as principais condições, estão a redução da alíquota da CPMF abaixo de 0,38% e também a desoneração de outros tributos. O senador frisou que é necessário o cumprimento de todas as condições e não só de algumas. O partido é peça-chave para a prorrogação do "imposto do cheque". Essa estratégia foi adotada nesta terça-feira, 23, durante almoço dos senadores tucanos. A maioria concordou que o momento é de esperar o que o governo vai propor no almoço que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai oferecer nesta quinta-feira aos senadores Tasso Jereissati (CE), Artur Virgilio (AM) e Sergio Guerra (PE). Ainda nesta terça, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Marco Maciel (DEM-PE), divulgou o cronograma de tramitação da emenda, que prevê o dia 9 de novembro como data final da tramitação na comissão. Maciel informou que foram apresentadas até agora seis emendas ao texto e que haverá audiências públicas para debater o assunto mesmo depois da apresentação do relatório de Katia Abreu. O primeiro pedido de audiência é do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que quer ouvir os ministros da Fazenda, da Saúde, da Previdência e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Depois que a emenda for votada na CCJ, ela vai ao plenário do Senado para votação em primeiro turno. A senadora Kátia Abreu disse que vai cumprir à risca o regimento e que mesmo depois de apresentar o relatório vai ouvir pessoas contra e a favor da CPMF. Leia as seis condições do partido: 1º- A renovação da contribuição deve ser por um prazo menor do que quatro anos - de preferência, um ano apenas 2º- O governo deve se comprometer a aprovar, na Câmara dos Deputados, a reforma tributária, durante o período de vigência da CPMF; 3º- A alíquota da contribuição deve ser menor do que 0,38% 4º- Outros tributos devem ser desonerados 5º-A cada ano os gastos públicos devem ser reduzidos 0,2%, ao longo de um período a ser definido 6º- Devem ser feitos mais investimentos em saúde.