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Líder do PR quer prorrogar mandatos até 2012 por eleição única

Sandro Mabel argumenta que medida economizaria 'bilhões' porque concentraria as eleições em um ano só

Por Agência Brasil , Denise Madueño e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

O líder do PR, deputado Sandro Mabel, propôs nesta quinta-feira, 21, a prorrogação de todos os mandatos atuais até 2012. Ele defende eleições únicas para os executivos federal, estaduais e municipais, assim como para os legislativos. Segundo ele, a população se manifestaria em plebiscito sobre a proposta de pleito único. Mabel argumentou que a medida proporcionaria economia "de bilhões" aos cofres públicos.

 

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"Não se juntar as eleições é antiprodutivo e não é econômico", disse Mabel ao deixar a casa do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), onde participou de reunião de líderes para discutir a reforma política. Mabel também defende o fim do foro privilegiado.

 

Atualmente o brasileiro vai às urnas de dois em dois anos. Nas eleições gerais ou majoritárias são escolhidos presidente, governadores, deputados federais e estaduais e senadores. As eleições proporcionais definem prefeitos e vereadores. Esses mandatos não coincidem e por isso há eleições de dois em dois anos.

 

O vice-líder do governo, Ricardo Barros (PP), descartou a possibilidade de a unificação de eleições voltar a ser discutida. Segundo ele, existem várias propostas nesse sentido. "Não vejo consenso sobre isso e acho que isso não vai ser aprovado". Os líderes se reuniram para discutir a reforma política, mas o tema mais polêmico, que é a lista fechada, ainda não tem consenso entre os parlamentares.

 

Para ser aprovada este ano e valer para 2010, há a proposta de um modelo misto de financiamento público de campanha. Além disso, votar temas que deixem claras as regras eleitorais para evitar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) baixe resoluções durante a campanha que surpreendam os candidatos.

 

O ponto de partida será o projeto elaborado pelo deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que deverá sofrer emendas para contemplar todos esses pontos. Basicamente, o projeto de Ibsen prevê a lista fechada e o financiamento público, mas enfrenta resistência de grande parte dos partidos.

 

Na reunião, ficou descartada a proposta defendida pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de diminuir de um ano para seis meses o prazo de filiação partidária para permitir a troca de partido.

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