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Líder do PPS na Câmara diz que denúncia contra Lula mostra que 'cerco está se fechando'

Rubens Bueno (PR) afirmou que agora o ex-presidente terá de prestar contas com a Justiça e duvida que ele consiga convencer de que não faz parte da 'organização criminosa que tomou conta do poder no governo do PT'

Por Daiene Cardoso e Isadora Peron
Atualização:
O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno Foto: DIDA SAMPAIO|ESTADAO

BRASÍLIA - O líder da bancada do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), disse nesta quarta, 14, que a denúncia apresentada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro mostra que o cerco está se fechando contra o que chamou de "mentores" do esquema de corrupção na Petrobrás. Bueno disse que agora Lula terá de prestar contas com a Justiça e duvida que ele consiga convencer de que não faz parte da "organização criminosa que tomou conta do poder no governo do PT".

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Nesta quarta, 14, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou que o ex-presidente é o 'comandante máximo do esquema de corrupção' identificado na investigação sobre cartel e propinas na maior estatal do País.

"A denúncia desmascara as mentiras deslavadas de Lula e mostra que, além de comandar o esquema do 'petrolão', ele teve despesas pessoais bancadas por uma empreiteira que foi beneficiada pelo governo do PT e desviou dinheiro público. É mais um passo para a condenação daqueles que tomaram o poder para atender os interesses de seu partido e enriquecer por meio de esquemas de corrupção", afirmou o líder do PPS.

A tarde é de pouca movimentação na Câmara. Ao ser questionado sobre a denúncia contra Lula, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), evitou comentar o tema. "Passei por alto, vi, vou analisar, não vou dar a minha opinião sem olhar com calma", respondeu.

Bueno destacou que os investigadores já se convenceram de que o petista é o verdadeiro dono do apartamento no Guarujá, no litoral sul de São Paulo. "Muito coisa ainda está por vir já que Lula também é investigado no caso do sítio de Atibaia, reformado pela OAS, Odebrecht e pelo pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava Jato. Há ainda a investigação dos R$ 30 milhões que recebeu por palestras que não teriam acontecido, palestras fantasmas", reforçou o líder do PPS.