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Líder do PPS diz que Lava Jato levará governo 'à ruína'

Para o deputado Rubens Bueno (PR), integrante da CPI mista da Petrobrás, operação da PF atinge o Planalto e 'desmoraliza' o comando da comissão que investiva a estatal

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Por Ricardo Brito
Atualização:

Brasília - O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), afirmou nesta sexta-feira, 14, que os desdobramentos da Operação Lava Jato vão levar o "governo Dilma Rousseff à ruína". "Confirma-se uma previsão que ela não queria ver realizada: não vai sobrar pedra sobre pedra. Desta vez, ao contrário do que fizeram após o mensalão, será impossível reconstruir o castelo da corrupção", afirmou Bueno, em nota. A sétima fase da operação, deflagrada nesta sexta-feira, 14, pela Polícia Federal, prendeu o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque e outras 17 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. A ação atingiu grandes empreiteiras do País, como a Mendes Junior, Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão e UTC Constran. Para Bueno, integrante da CPI mista da Petrobrás, a ação também desmantela a manobra do Palácio do Planalto para impedir o avanço dos trabalhos da comissão parlamentar. "Operação desmoraliza a comando da CPMI da Petrobrás, que se negou a votar convocação de ex-diretor preso nesta sexta-feira pela Polícia Federal. Quero ver o que o presidente e o relator vão falar na próxima semana", cobrou o líder do PPS, que é autor de requerimentos de convocação e quebra de sigilos de Duque e das empreiteiras investigadas no escândalo. Na terça-feira, a CPI mista da Petrobrás não apreciou os requerimentos contra Duque. Para o líder do PPS, a instalação de uma nova comissão parlamentar será "fundamental" para punir os políticos envolvidos no esquema. "A parte criminal está sendo realizada com eficiência pelo comando da operação Lava Jato. Cabe a nós, no Congresso, investigar em uma CPI os políticos e, após a conclusão das investigações, encaminhar os devidos pedidos de cassação de mandato para o Conselho de Ética", defendeu o deputado.

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