Líder do PMDB nega estar sendo investigado pela PF

PUBLICIDADE

Por Eugênia Lopes
Atualização:

O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), acionou hoje o ministro da Justiça, Tarso Genro, para conseguir um "nada consta" em relação ao envolvimento de seu nome no suposto esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para prefeituras. "Fui ao ministro exigir esclarecimentos e ele disse que não há acusação nem nenhuma investigação que me envolva", afirmou o deputado, que se reuniu hoje com Genro. "É uma acusação que beira o ridículo." Matéria publicada hoje pelo Estado informa que o relatório de investigação da Polícia Federal (PF) identifica os passos do lobista João Pedro de Moura, em Brasília, e revela que ele visitou o gabinete 529 de Henrique Alves, no dia 13 de fevereiro. A Operação Santa Tereza não acusa o deputado peemedebista de participar do esquema de desvio de recursos do banco, mas o documento mostra que a PF agiu dentro da Câmara, quando espionou João Pedro, inclusive no momento em que ele deixou o gabinete de Alves. Henrique Alves voltou a afirmar que, este ano, não foi ao seu gabinete de deputado. "Este ano não coloquei os pés no meu gabinete", disse o líder. Ele afirmou que, no dia 13 de fevereiro, data em que o lobista teria ido a seu gabinete, ocorreu uma reunião dos líderes governistas com as centrais sindicais para discutir um projeto de interesse dos sindicalistas. "Como esse rapaz (João Pedro) diz ser sindicalista, ele deve ter ido à Câmara para panfletar. Ninguém lembra dele no meu gabinete. Se ele foi lá, não deu tempo nem de tomar um copo d''água."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.