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Líder do PMDB e petista discordam sobre presidência da Câmara

Henrique Eduardo Alves e Maurício Rands defendem que seus partidos presidam Casa.

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Por Marcia Carmo
Atualização:

& Henrique Eduardo Alves quer PMDB presidindo a Casa em 2011 e 2012 Em viagem a Buenos Aires, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), e o deputado Mauricio Rands (PT-PE) divergiram nesta quinta-feira sobre qual partido deve presidir a Casa nos primeiros dois anos da nova legislatura. Segundo Alves, o PMDB já chegou a um consenso sobre estabelecer um rodízio com o PT, no qual a sua legenda comandaria a Câmara em 2011 e 2012, enquanto os petistas assumiriam a Presidência nos dois anos seguintes. "Para nós, está claro o rodízio na Câmara. E também sabemos que no Senado existe um regimento que não permite esse revezamento. Mas o PT quer rodízio também no Senado e isso não é permitido", disse o peemedebista. "Se a tese do rodízio não prevalecer, o PMDB vai pra disputa. Nós defendemos o rodízio, mas o PT está numa briga interna grande", afirmou. Alves sugeriu que o PMDB já chegou a um consenso para que ele ocupe a presidência da Câmara dos Deputados. Já na opinião de Rands, que é ex-líder de seu partido na Câmara, "é natural" que o PT ocupe a Presidência na primeira metade do mandato, que começa em janeiro. Segundo o deputado, o PT ficaria à frente da Câmara em 2011 e 2012, enquanto o PMDB ocuparia a Presidência do Senado. "O PT elegeu 88 deputados e o PMDB, 75. É mais natural que o PT, que tem a maior bancada, tenha a Presidência da Câmara no primeiro biênio", afirmou. Embora não descarte uma disputa, Alves indica que prefere um acordo. "Nós temos experiência necessária para entender que o conflito não é bom para a estabilidade. Por isso, nada será impositivo. Não pode ser um cabo de guerra", disse. Formação do Ministério Rands afirmou que, no momento, a prioridade para os partidos aliados é definir quem comandará o Legislativo. "Primeiro vamos definir a presidência da Câmara, e depois os ministérios", disse. No entanto, o atual presidente da Câmara e vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), acredita que a definição dos nomes dos ministérios da futura presidente Dilma Rousseff é mais importante. O próximo vice-presidente da República diz ter sugerido a Dilma e ao presidente do PT, José Eduardo Dutra, que "o melhor é manter a atual equação" de ministérios porque "se mexer pode começar a ter problemas". Segundo Temer, o PMDB vai trabalhar para a "tranquilidade" (com o PT). Além disto, ele afirmou que seria "útil" ter um ministério com maior presença feminina, mas ressalvou que "a palavra final será da presidente". Meirelles e Palocci O peemebebista disse que o atual presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, está "habilitado" para "ocupar qualquer cargo do país e especialmente na área econômica". Segundo ele, qualquer indicação para Meirelles no novo governo "será aplaudida pelo PMDB". Temer defendeu o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, por considerá-lo "com capacidade extraordinária de agregação e com tranqüilidade" para o posto. O atual presidente da Câmara disse também que José Alencar é um modelo de vice a ser seguido. "Eu quero cumprir meu papel constitucional, quero ser um vice modesto. Eu não sou espaçoso e jamais darei cotoveladas para ganhar espaço", disse. Os parlamentares brasileiros estão na capital argentina para participação no VI Fórum Parlamentar Ibero-americano, que vai até esta sexta-feira. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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