O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia, defendeu, ao chegar ao Ministério da Fazenda, que é preciso que se resolva a questão de recursos no Rio de Janeiro, até terça-feira, para que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) seja votada. Ontem, o Congresso Nacional não pode votar a LDO por uma manobra do deputado Ricardo Maia (PFL-RJ), que pediu verificação de quórum. Maia já havia dito que tentaria impedir a votação da LDO, até que o governo federal autorize a liberação de 70% dos recursos depositados em juízo à Prefeitura do Rio de Janeiro, administrada por seu pai, o prefeito Cesar Maia. O senador Agripino Maia disse que a prefeitura do Rio reclama do tratamento diferenciado, "para pior", que recebe do governo federal. Para o senador, o governo precisa ficar atento para esse tipo de problema. José Agripino Maia participa de reunião com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para discutir a Medida Provisória sobre o Fundo da Marinha Mercante. Além dele participam também o líder do governo no Congresso, Fernando Bezerra, e o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros. Para Calheiros existe sempre alguém que se aproveita da necessidade de quórum para votar de última hora "algo contra o interesse nacional". O ministro Palocci, que chegou depois dos três senadores, disse que acabava de ser informado pelos jornalistas que a LDO não tinha sido votada, em função de problemas com o Rio de Janeiro. O ministro chegou nesta madrugada ao Brasil, depois de uma viagem de dois dias à Argentina e Bolívia. Palocci disse que estava recebendo os senadores para cumprimentá-los pelas votações importantes nos últimos dias "e também ouvi-los". O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), que constava da lista de participantes da reunião divulgada pelo Ministério, não compareceu. Ele já está em São Paulo, segundo sua assessoria.