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Líder do MBL confirma ligação do grupo com páginas excluídas e diz que acusações ‘são infundadas’

De acordo com a rede social, as contas eram usadas para disseminação de conteúdos sem deixar claro a origem da informação 'com propósito de gerar divisão e espalhar desinformação'

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Foto do author Gilberto Amendola
Por Marianna Holanda e Gilberto Amendola
Atualização:

O líder do Movimento Brasil Livre (MBL) e pré-candidato a deputado federal pelo DEM, Kim Kataguiri, admitiu que uma das páginas retiradas do ar pelo Facebook nesta quarta-feira, 25, é ligada ao MBL. Segundo Kataguiri, as acusações de fake news são falsas. A rede social excluiu uma rede de páginas e contas ligadas a coordenadores do MBL como parte da política de combate à notícias falsas. De acordo com a rede social, as contas faziam parte de uma rede coordenada que usava contas falsas no Facebook para disseminação de conteúdos sem deixar claro a origem da informação “com propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”.

“Tinha uma que era sim ligada a gente, que é a Brasil 200. Mas a do Diário Nacional  e do Jornal Livre não, são parceiros nossos”, disse Kim, após participar na plateia do Fórum Reconstrução Brasil, promovido pelo Estado.

Kim Kataguiri, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL) Foto: Rafael Arbex/Estadão

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“São infundadas as acusações”, completou. O jovem, que participou das manifestações pró impeachment, disse ainda que o grupo vai entrar na Justiça contra a ação.

Segundo Kim, perfis de membros do MBL que não administravam a página Brasil 200 também foram tiradas do ar. Ele alega ainda que o Facebook não avisou que tiraria as páginas do ar por alegação de fake news.

“Quebra contratual a partir do momento que promete tratar os usuários quer maneira isonômica. Tem uma violação de direito privado patente”, completou.

Pelo comunicado, Facebook diz que desativou 196 páginas e 87 contas no Brasil por sua participação em “uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”. O comunicado não identifica as páginas ou usuários envolvidos.

Leia na íntegra o comunicado do Facebook:

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"Garantindo um ambiente autêntico e seguro (por Nathaniel Gleicher, líder de Cibersegurança)

O Facebook dá voz a milhões de pessoas no Brasil, e queremos ter a certeza de que suas conversas acontecem em um ambiente autêntico e seguro. É por isso que nossas políticas dizem que as pessoas precisam usar suas identidades reais na plataforma.

Como parte de nossos esforços contínuos para evitar abusos e depois de uma rigorosa investigação, nós removemos uma rede com 196 Páginas e 87 Perfis no Brasil que violavam nossas políticas de autenticidade. Essas Páginas e Perfis faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação.

As ações que estamos anunciando hoje fazem parte de nosso trabalho permanente para identificar e agir contra pessoas mal intencionadas que violam nossos Padrões da Comunidade. Nós estamos agindo apenas sobre as Páginas e os Perfis que violaram diretamente nossas políticas, mas continuaremos alertas para este e outros tipos de abuso, e removeremos quaisquer conteúdos adicionais que forem identificados por ferir as regras.

Nós não queremos este tipo de comportamento no Facebook, e estamos investindo fortemente em pessoas e tecnologia para remover conteúdo ruim de nossos serviços. Temos atualmente cerca de 15 mil pessoas trabalhando em segurança e revisão de conteúdo em todo o mundo, e chegaremos ao fim do ano com mais de 20 mil pessoas nesses times.

Contamos com as denúncias da nossa comunidade a respeito de conteúdos que possam violar nossas políticas e usamos tecnologia como machine learning e inteligência artificial para detectar comportamento ruim e agir mais rapidamente."

Correções

No segundo parágrafo da matéria, estava errado o nome da página ligada ao MBL. Constava Brasil 21, ao invés de Brasil 200. A grafia nos demais trechos da reportagem está correta. 

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