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Líder do governo rebate oposição sobre boicote à CPI

Fontana nega que aliados do governo não assinaram pedido para criar comissão; tucano diz já ter assinaturas

Por Agência Brasil
Atualização:

O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), rebateu nesta quarta-feira, 13, as afirmações da oposição de que a base aliada na Casa não quer assinar o requerimento de criação da CPI mista para investigar os gastos do governo com os cartões corporativos e com as contas do tipo B.   Veja também:   Entenda a crise dos cartões corporativos  CPI dos cartões já tem assinaturas suficientes, diz deputado Briga por comando de CPI ameaça parar Senado Governo indica aliados para postos da CPI dos cartões   "Nós não vamos aceitar esse jogo de que a oposição tenta dizer que o governo está temendo a investigação. O governo não teme nenhuma investigação. Assina a CPI e vai participar dela", disse Fontana. E acrescentou: "O presidente Lula orientou a nossa base no sentido de que ela, mais do ninguém, quer esta CPI. Porque chega dessa conversa mole de estar acusando, sem provas, o nosso governo, levantando ilações permanentemente, tentando colocar o nosso governo sob suspeita."   Fontana disse que só não assinou o requerimento por não ter sido procurado pelo autor, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). Sampaio, por sua vez, disse que já tem número suficiente para a criação da CPI. Até o momento, 172 deputados federais assinaram o ofício, um a mais que o necessário, e 35 no Senado, oito a mais. A idéia é protocolar o documento na Mesa Diretora do Senado com, no mínimo, 185 assinaturas. Nesta quinta, as lideranças do DEM e do PSDB, na Câmara e no Senado, reúnem-se para definir a data do protocolo.   Ainda segundo o líder, o requerimento poderia ser mais completo e incluir as contas do tipo B, "mas mesmo assim vamos assinar, porque acreditamos no compromisso que o deputado Carlos Sampaio assumiu, dizendo que nós vamos investigar os último dez anos e todas as despesas de suprimento".   Sobre as críticas que fez à criação da CPI, alegou que foram feitas por entender que o país tem outras prioridades estratégicas e que o Ministério Público, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) podem fazer as investigações com "muito mais profundidade".   Na opinião de Fontana, a investigação deve ser "republicana" e quem tiver responsabilidade vai ser punido e pagar pelo que fez. Em relação a ceder um dos dois cargos mais importantes da Comissão para a oposição - a presidência ou a relatoria -, disse não concordar e argumentou que fez um levantamento das últimas 30 CPIs, nas quais os dois cargos ficaram sempre com as duas maiores bancadas: "A proporcionalidade é regra democrática e temos que respeitá-la."

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