Líder do governo admite adiar novamente votação da CSS

'Tanto faz.Pauta da Câmara depende de avaliação no momento', diz Fontana; votação pode ser nesta tarde

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Por Redação
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O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), admite deixar para esta quarta-feira a votação, marcada para esta tarde, da proposta que cria a Contribuição Social para a Saúde (CSS). "Tanto faz. A pauta da Câmara depende de avaliação no momento. A cada dia preciso medir os riscos de cada momento", afirmou. Hoje será a terceira tentativa dos governistas em aprovar a criação da CSS. A contribuição está incluída no projeto governista de regulamentação da chamada emenda 29, que destina mais recursos para a saúde pública do país. Líderes aliados consideram que podem reunir em torno de 270 a 280 votos para aprovar a CSS. Como se trata de um projeto de lei complementar, são necessários 257 votos, no mínimo, para aprová-la. Veja Também: FÓRUM: Dê sua opinião sobre a CSS  Entenda o que é a CSS Entenda a Emenda 29  Entenda a cobrança da CPMF    Fontana nega que o governo esteja fazendo corpo mole para adiar a votação e evitar o desgaste político dos aliados, que terão de colocar seus nomes no painel aprovando um novo imposto em ano de eleições para prefeito. "O governo está interessadíssimo em votar", disse. Aliados do governo já defenderam, no entanto, que o projeto seja votado após as eleições. A sessão de votação do projeto deverá iniciar às 19h, de acordo com entendimento da secretaria da Mesa da Câmara, para cumprir o prazo regimental pedido pelo relator do projeto, Rafael Guerra (PSDB-MG), contrário à criação da CSS e favorável à aprovação da proposta do Senado que regulamenta a emenda 29. A oposição promete continuar tentando obstruir a votação de hoje. O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) avaliou que embora a oposição não disponha de mais mecanismos regimentais para prorrogar a sessão - porque a discussão do projeto já foi encerrada na semana passada - ela vai tentar barrar a CSS. "Vamos tentar esticar o horário de votação. A nossa expectativa é que o governo se sinta inseguro com o quórum", afirmou Araújo. "Estamos no limite. Não temos muita esperança de segurar muito mais", completou o tucano.

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