Líder descarta CPI de cartões em SP; oposição insiste

Como oposição é minoria na Assembléia, criação de comissão parar investigar cartões é pouco provável

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Por Redação
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Está cada vez mais distante a criação de uma CPI em São Paulo para investigar os gastos com cartões da gestão José Serra (PSDB). O líder do governo na Assembléia, Barros Munhoz (PSDB),  descartou a comissão, enquanto a oposição, minoria na Casa, quer buscar o voto de descontentes. Veja também: Entenda a crise dos cartões corporativos  Briga por comando de CPI ameaça parar Senado Governo indica aliados para postos da CPI dos cartões PSDB diz que não vai investigar família de Lula Após denúncia, governo publica mudanças para cartões  "Para mim já está encerrado o assunto", disse nesta quarta-feira o deputado Barros Munhoz (PSDB), líder do governo na Assembléia Legislativa. "Está descartada a CPI. Os 12 partidos da base aliada, com 70 deputados, acham que não há irregularidades", insistiu Barros Munhoz, para quem "ninguém está dizendo que esse sistema é o melhor do mundo, mas o governador já tomou medidas". A oposição, que tem 23 assinaturas das 32 necessárias para criar a CPI dos cartões, quer atrair deputados insatisfeitos da base do governo. "Não vamos desistir nunca, não vamos jogar a toalha", disse o deputado Ênio Tatto (PT) líder da minoria. "Vamos continuar apurando, vamos apurar cada dia mais. Até agora mexemos com dados de 2007, vamos até 2001. Conforme vão aparecendo dúvidas, vamos sensibilizando cada um dos deputados." Tatto, no entanto, adianta que "há temor de retaliação" por parte dos deputados em relação ao comportamento do governo. "100 por cento contente nenhum marido está com a mulher e vice-versa. Na política isso é comum, mas a base está unida", disse Barros Munhoz. Ajudou a convencer a base de Serra a presença na Assembléia na véspera de técnicos da secretaria da Fazenda e da Nossa Caixa para esclarecer as dúvidas dos deputados sobre o uso dos cartões de débito. Foram gastos 108,3 milhões de reais por esse sistema em 2007. Quase a metade (44 por cento) das despesas foi realizada por meio de saques, o que levou ao questionamento da oposição. (Reportagem de Carmen Munari; Edição de Mair Pena Neto)

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