No poder há quase duas décadas, o ditador casaque, Nursultan Nazarbayev, tornou-se o homem forte do país centro asiático em 1989, como primeiro-secretário do Partido Comunista do Casaquistão, até então uma república soviética. No ano seguinte ele é eleito o primeiro presidente do país, que caminhava para a independência. Com o colapso da União Soviética, em 1991, Nazarbayev é reeleito presidente, em eleições dadas como limpas. Veja também: Lula dá camiseta assinada por Pelé a presidente do Casaquistão A partir daí, no entanto, Nazarbayev passa a concentrar cada vez mais poder, e é acusado pela oposição de suprimir dissidentes do regime. Embora defendesse a democracia como um objetivo de longo prazo, Nazarbayev argumentava que mudanças rápidas poderiam colocar a estabilidade do Casaquistão - um país formado por diferentes etnias - em risco. É nesse contexto que em 1995 a ampliação de seu mandato é aprovada num referendo. Em 1999, Nazarbayev é reeleito. Seu principal rival foi impedido de participar do pleito por razões "técnicas". Em dezembro de 2005, Nazarbayev volta a ser reeleito com 91% dos votos, para mais sete anos no poder. A oposição reclama de fraudes e observadores europeus afirmam que a eleição foi seriamente manipulada. Num sinal da sua consolidação no poder, o Parlamento aprova já em 2007 reeleição indefinida no país. Além disso, quando Nazarbayev finalmente decidir deixar o cargo, ele terá um assento permanente no Conselho de Defesa e presidirá a assembléia do povo - órgão que une membros dos diferentes grupos étnicos que compõe o Casaquistão. O país Cobrindo um território equivalente ao da Europa Ocidental, o Casaquistão possui vastas reservas minerais e um enorme potencial econômico. Durante o período soviético, o país era um importante centro para testes espaciais e nucleares da União Soviética. Sua paisagem varia da região montanhosa e amplamente populosa do leste às planícies ricas em recursos energéticos e desabitadas do oeste. No norte, predominam áreas industrializadas, com um clima siberiano e terreno árido. Já no sul, o solo fértil é utilizado para a agricultura. O Casaquistão também é um país multiétnico. Mais da metade da população é formada por casaques, mas mais de um quarto da população é russa. Há ainda as minorias de ucranianos, alemães, chechenos, curdos e coreanos. Apesar do tamanho e da importância energética do país, o Casaquistão tornou-se de fato conhecido internacionalmente depois do sucesso do filme Borat, estrelado pelo comediante britânico Sacha Baron Cohen. No filme - que foi indicado ao Oscar -, um repórter Casaque vai aos Estados Unidos fazer um documentário sobre "o maior país do mundo", mas muda todo seu roteiro depois de se apaixonar pela sex symbol Pamela Anderson.