PUBLICIDADE

Levy Fidelix quer royalties por 'ideias roubadas'

Por Guilherme Waltenberg
Atualização:

O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Levy Fidelix, acusou os adversários políticos de terem "roubado e usurpado" seus projetos, expostos ao longo de suas 12 campanhas eleitorais. Em sua participação na série Entrevistas Estadão, realizada nesta sexta, ele ameaçou cobrar royalties dos políticos que supostamente se apropriaram de seus projetos, como o Aerotrem e o Rodoanel. "Para eu me preservar desses políticos que me copiam, que tem a mídia e vão querer se locupletar das ideias de candidatos como eu, quando começar a funcionar (os projetos), vou cobrar royalties e devolver para o povo, para eles aprenderem a não me roubarem", ameaçou o candidato, garantindo que já registrou suas ideias no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).Um dos projetos que ele afirma ter registrado, em 1996, é o do Aerotrem. Para ele, as linhas de monotrilho que estão sendo construídas na Capital pela gestão do governador tucano Geraldo Alckmin não são nada além de uma versão da sua ideia, assim como o trem bala que pode ser construído entre Campinas e o Rio de Janeiro, pelo governo da presidente Dilma Rousseff. "Essa marca, monotrilho, também é do Levi Fidelix. Tudo que é um trem que anda no alto, independentemente da velocidade, é Aerotrem", cravou.Levi também apontou sua metralhadora aos institutos de pesquisa e à mídia que, em sua opinião, "só dá espaço aos outros candidatos". "Não me colocam nas entrevistas. Já deram páginas para o (candidato José) Serra, para a Soninha, a maconheira. A maconheira pode, eu não", queixou-se. "A mídia não encontra (nada de errado) em mim, por isso que é sarcástica comigo. Sou o candidato mais limpo desta eleição", declarou.A série Entrevistas Estadão pretende entrevistar os 12 candidatos que disputam a Prefeitura de São Paulo neste mês de agosto. Os encontros vão ser realizados sempre às 15 horas e podem ser acompanhados, ao vivo, pela página da TV Estadão, na internet.Alternando momentos de elogios e críticas àqueles que teriam se inspirado em seu programa de governo, Levy Fidelix elogiou as gestões do PSDB no Estado de São Paulo por terem iniciado a construção do monotrilho. "Aerotrem é o monotrilho que estão fazendo (em São Paulo). Trouxe a ideia em 1996. O (ex-governador José) Serra, começou a fazer no ano retrasado e continua (com o governador Geraldo Alckmin). Obrigado Serra, obrigado Alckmin", afirmou.Vangloriando-se de ser um "veterano" das urnas, já que está em sua 12ª eleição sem nenhuma vitória, Fidelix atribuiu as suas derrotas às "fraudes" na apuração das eleições. "Coloco em dúvida o grau de confiabilidade das urnas. Quero ingressar em órgãos internacionais para questionar a validade dessas urnas. Isso é muito sério", acusou o candidato.Questionado sobre a sua posição nas pesquisas de intenção de votos, em muitas das quais ele sequer pontuou, Fidelix disse não acreditar nessas mostras. "Eu coloco sérias dúvidas nas pesquisas que a imprensa divulga. A mídia quer substituir uma entrevista como essa (da série de entrevistas do Estado) pela pesquisa. Querem substituir o povo", acusou. "Vamos acabar com as eleições e ficamos só com a pesquisa", propôs ironicamente.PropostasEntre as propostas que Levy Fidelix apresentou, estão os moto médicos, equipe de médicos "capacitada" para andar em motocicletas e ir até os pacientes "driblando o trânsito", um cartão com todas as informações de saúde dos paulistanos e o Plano de Atendimento à Saúde do Paulistano (PASP), que é uma reedição do PAS, de Paulo Maluf, "porém alterado", explicou o candidato sem dar muitos detalhes do projeto.Na área de transporte não poderia faltar o Aerotrem. "Se tivéssemos iniciado o projeto ao mesmo tempo que o metrô, já teríamos oito mil quilômetros", disse. Ele afirmou também que irá "acabar com a indústria da multa" e com as inspeções veiculares da empresa Controlar. "Vou romper o contrato, as oficinas autorizadas vão poder fazer (a inspeção)", afirmou. "A população não vai ter que ir nesses chiqueirinhos", afirmou, referindo-se aos centros da Controlar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.