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Levy diz que terá conversas individuais com governadores sobre ajuste fiscal

Ministro da Fazenda quer dar 'encaminhamento' ao pacote econômico proposto pelo governo 

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou nesta sexta-feira, 8, para o III Encontro de Governadores do Nordeste e disse que vai começar na semana que vem conversas individuais com os governadores para tentar ouvir deles as propostas e solicitações de forma a dar encaminhamento ao ajuste fiscal. Para Levy, o ajuste fiscal vai, num horizonte maior, destravar investimentos no País e, em especial, para a Região Nordeste. "Vamos começar conversas com os governadores na semana que vem e dar encaminhamento ao ajuste fiscal", disse Levy.

Ministro daFazenda, Joaquim Levy, durante evento na sede do TCU, em Brasilia Foto: André Dusek/Estadão

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O ministro chegou ao evento com duas horas e meia de atraso e só conseguiu chegar a Natal por volta da 1 h da manhã desta sexta-feira. Levy disse que tem trabalhado muito para aprovar as medidas de ajuste fiscal no Congresso. "Temos que trabalhar para destravar e continuar a dar crescimento aos investimentos. O ajuste fiscal é extremamente essencial para botar a casa em ordem", afirmou o ministro. O ministro voltou a dizer que o ajuste vai manter os programas fundamentais para a estabilidade do País e a manutenção do emprego. Ainda de acordo com ele, durante muitos anos o Brasil adotou medidas na contramão do mundo, que passava por dificuldades, para que o País não fosse afetado pela crise. Mas agora, disse, o mundo mudou e as medidas propostas são compatíveis com um ajuste fiscal que garante geração de empregos e investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Nessa semana, a Câmara aprovou a MP 665, que faz parte do pacote de ajuste fiscal encaminhado pelo Executivo ao Congresso. A Medida Provisória muda as regras de acesso a benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego. A MP 665 segue para votação no Senado. A MP 664, que prevê alterações em benefícios previdenciários, ainda não foi votada.

IMPACTOS DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS_________________MP 665 passou na Câmara e vai ao Senado; MP 664 não foi votada

R$ 18 bilhões - era a economia prevista pelo governo, por ano, com a Medida Provisória 665, que dispõe sobre benefícios trabalhistas, e com a Medida Provisória 664, que altera benefícios previdenciários

R$ 16 bilhões - era o valor que o governo previa poupar, antes das alterações do Congresso, com as mudanças no seguro-desemprego (R$ 9 bi) e no abono salarial (R$ 7 bi), itens que integram a MP 665

R$ 14,5 bilhões - é o valor que será economizado, por ano, com as MPs após as alterações feitas pelo Congresso. Com as mudanças na MP 665, governo deixa de economizar R$ 2,5 bi; com as alterações na MP 664, valor chega a R$ 1 bilhão

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R$ 2 bilhões - era quanto o governo pretendia economizar, antes das alterações do Congresso, com as mudanças no pagamento de pensão por morte e auxílio-doença (MP 664) e do seguro-defeso (MP 665), recebido por pescadores

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