Levy: CPMF é aquela que o governo mandou e é temporária

Para ministro da Fazenda, tributo deve ser provisório, mas tem papel importante no processo de ajuste fiscal, assim como foi relevante em 1999, quando a economia brasileira também passou por ajustes

Por Idiana Tomazelli e Vinicius Neder
Atualização:

RIO - Em evento nesta segunda-feira 5, no Rio de Janeiro, O ministro da Fazenda, JOaquim Levy, disse que a CPMF tem mostrado papel importante no processo de ajuste fiscal, assim como foi relevante em 1999, quando a economia brasileira também passou por ajustes. Segundo ele, no entanto, o tributo tem de ser provisório.

"A CPMF até agora tem mostrado ter papel importante (no ajuste fiscal), como ela teve no governo Fernando Henrique Cardoso, quando o presidente teve que trazer o Brasil de volta a uma rota de equilíbrio", afirmou Levy. "Demorou uns mesezinhos, mas (a CPMF) foi fundamental na arquitetura de reequilíbrio naquela época", acrescentou, após participar de seminário da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy Foto: Dida Sampaio/Estadão

PUBLICIDADE

Mais cedo, o ministro já havia dito que a CPMF foi o "coração" do ajuste promovido na economia em 1999. Levy destacou, porém, que o projeto para a recriação da CPMF agora não teve alterações em relação ao enviado pelo governo ao Congresso.

"A CPMF é aquela que o governo mandou e é temporária. Ela tem de ser provisória. A CPMF é para a gente criar uma ponte para chegar com segurança onde a gente quer: um País com mais investimento e infraestrutura funcionando melhor", afirmou Levy.

Na semana passada, ao ser anunciado como novo ministro da Saúde, Marcelo Castro defendeu que o tributo fosse permanente e incidisse sobre operações tanto de débito quanto de crédito.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.