Leitura de voto do PT inicia discussão sobre relatório da CPI

Um acordo feito entre líderes partidários e os parlamentares da CPI permitiu que o documento elaborado pelo PT fosse lido antes da votação do relatório oficial

Por Agencia Estado
Atualização:

O deputado Carlos Abicalil (PT-MT) está lendo o voto em separado (relatório paralelo) apresentado pelo Partido dos Trabalhadores na CPI Mista dos Correios. Um acordo de procedimento feito entre líderes partidários e os parlamentares da CPI permitiu que o documento fosse lido antes da votação do relatório oficial, apresentado pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). O acordo prevê também que o relatório de Serraglio será votado na tarde desta quarta-feira. A leitura do relatório paralelo pelo deputado Abicalil marcou o início das discussões do relatório da CPI, cujos debates devem terminar à meia-noite desta terça-feira, para serem retomados amanhã, às 10 horas. Antes de Abicalil começar a ler o voto em separado, o deputado Maurício Rands (PT-PE), que coordenou a elaboração desse texto, fez uma apresentação sobre o documento, afirmando que o PT apoiou todas as linhas de investigações da CPI, mesmo as que atingiam aliados do partido. Segundo Rands, nem sempre havia esse mesmo ânimo na oposição. Adendos Rands afirmou que o voto em separado segue a estrutura básica do documento apresentado por Osmar Serraglio e faz complementações, como, por exemplo, no trecho em que afirma que o esquema do empresário Marcos Valério Fernandes foi iniciado em 1998, pelo PSDB e o PFL, em Minas Gerais. Outro adendo ao relatório oficial mencionado por Rands foi a definição de que houve uma pluralidade de fontes públicas e privadas no abastecimento do esquema de Marcos Valério. Segundo Rands, o voto em separado faz referências, por exemplo, às empresas Telemig e Amazonas Celular, que teriam feito negócios de R$ 150 milhões com as empresas de Valério. Rands afirmou ainda que o PT, ao apresentar voto em separado e sugerir mudanças, tem a intenção de reduzir "fragilidades" do relatório oficial, para que as instâncias de investigação que o receberem disponham de um documento com credibilidade.

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