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Leishmaniose coloca Bauru em estado de emergência

Por Agencia Estado
Atualização:

Com 25 casos de leishmaniose visceral humana registrados nos últimos 12 meses, sem um lugar ainda disponível para isolar os cães infectados e com grande infestação do mosquito transmissor da doença, Bauru entrou em estado de emergência e começou a realizar mutirões de limpeza nos bairros onde o mal se apresenta com mais intensidade. O decreto assinado pelo prefeito Nilson Costa (PTB) autoriza as equipes a entrar em propriedades e fazer sua limpeza sem o cumprimento de formalidades legais como a notificação e prazo para que o proprietário do imóvel faça o serviço por conta própria. ?Nós não podemos esperar porque é nesses quintais e terrenos baldios que o mosquito tem seu meio de procriação, ficando em condições para transmitir a doença? ? justifica o secretário da Saúde, Hanna Georges Saab. São considerados pontos críticos e passíveis da ação compulsória do mutirão de saúde os bairros da periferia, onde já ocorreram casos da doença em humanos. No último final de semana foram recolhidas 2,4 toneladas de lixo nos Jardins Jussara, Gerson França e Carolina, mas a equipe de fiscalização registrou que logo após a limpeza a população voltou a jogar lixo no local. Agora, além dos fiscais, a saúde pública abriu um telefone disque-denúncia e pediu à população para informar quem são os responsáveis pelos despejos. Das 25 pessoas atacadas pela doença, dois morreram e a maioria delas ainda recebe tratamento. Treze delas, isto é, mas da metade, são crianças com menos de 12 anos de idade cujo sistema imunológico ainda não é suficientemente desenvolvido para fazer frente ao protozoário que provoca a debilidade do fígado, baço, gânglios e da medula óssea. Ao mesmo tempo em que combate o mosquito, a Secretaria Municipal da Saúde ainda não tem onde recolher os cães infectados. Dedes que surgiu a doença, no ano passado, até o último dia 28, as equipes encarregadas do acompanhamento dos cães localizados nas áreas infectadas, colheram amostras de sangue em 4.504 animais, dos quais 2.793 apresentaram resultado negativo, 259 foram positivos e 1.232 ainda aguardam o resultado, que demora de 20 a 30 dias, no Instituto Adolfo Lutz.

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