10 de setembro de 2009 | 00h00
Na época, os cartórios funcionavam nas igrejas e o frade tinha poder de conceder a posse das terras aos exploradores. O argumento da falsificação serviu de base para quase uma centena de ações visando à retomada das terras e sua destinação à reforma agrária. A existência de terras devolutas atraiu para a região o Movimento dos Sem-Terra (MST) que estabeleceu ali uma de suas maiores bases.
No laudo, elaborado por determinação do juiz Tiago de Siqueira, do Tribunal de Justiça de São Paulo, e juntado no mês passado a uma ação discriminatória movida pelo Estado contra o fazendeiro Edison Leite de Moraes, os peritos afirmam não poder precisar se o livro de registro é original ou uma cópia. O advogado que defende o fazendeiro, Fernando Neves Baptista, diz que o novo laudo desfaz o "mito" das terras devolutas.
A Procuradoria do Estado entrou com impugnação do laudo no Fórum de Teodoro Sampaio, mas o juiz Fernando Salles Amaral ainda não se manifestou. Mais de 60% dos 106 assentamentos do Pontal estão em terras obtidas pelo Estado sob a alegação de serem devolutas.
Encontrou algum erro? Entre em contato