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Laudo confirma ossada de preso político em cemitério de SP

Documento do DOPS registra Miguel Sabat Nuet como tendo sido preso em outubro de 1973 para 'averiguações'

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Por Redação
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Um laudo de laboratório confirmou que a ossada encontrada no cemitério clandestino de Perus, em São Paulo, é do espanhol Miguel Sabat Nuet, que teria sido preso pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPs) em 1973, durante a ditadura militar. A ossada foi exumada por determinação da procuradora Eugênia Fávero, do Ministério Público Federal de São Paulo, no cemitério de Perus, na zona norte da cidade. A amostra forense, um fêmur humano, foi identificada a partir da comparação com o resultado dos exames dos familiares de Nuet, coletados para o Banco de DNA, da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR). O Genomic, laboratório contratado pela SEDH, coletou amostras de sangue de familiares com parentesco próximo e consangüíneo de mortos ou desaparecidos políticos para posterior comparação com restos mortais encontrados. Um documento do DOPS registra o nome de Miguel Sabat Nuet como tendo sido preso em 9 de outubro de 1973 para "averiguações". Em outro registro, do dia 12 de outubro do mesmo ano, seu nome aparece em uma relação de presos "disponíveis para as autoridades". De acordo com a nota, não há informações precisas sobre as circunstâncias da morte de Nuet nem sobre sua militância política ou oposição ao regime militar.

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