
10 de dezembro de 2013 | 21h42
Em agosto deste ano, uma equipe de peritos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, acompanhada de agentes da Polícia Federal e de representantes da Comissão Nacional da Verdade, exumou o corpo de Arnaldo num cemitério de Belo Horizonte. O laudo que será divulgado oficialmente na manhã desta quarta no Fórum Mundial de Direitos Humanos, em Brasília, destaca que o guerrilheiro foi executado com um tiro na cabeça.
A versão da ditadura, derrubada por depoimentos colhidos nos anos 1980 e 1990 e laudos de necrópsia, destaca que os guerrilheiros da ALN tinham enfrentado os agentes nas proximidades do cemitério da Penha, na capital paulista, e mortos em combate. Testemunhas disseram, no entanto, que viram os jovens feridos e ainda vivos sendo levados em carros da polícia.
A ativista de direitos humanos Iara Xavier Pereira, que foi companheira de Arnaldo, avalia que o laudo pericial é mais um passo na história da família. "É uma história que precisa ser concluída", afirma. Ela teve ainda dois irmãos mortos por agentes da ditadura. Iuri e Alex Xavier de Paula também integravam a ALN.
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