Lancha de delator da Lava Jato volta a ser leiloada; lance mínimo é de R$ 1,7 mi

Veículo do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa não foi arrematado em duas oportunidades no ano passado

Por Mariana Sallowicz
Atualização:

Rio – Uma lancha do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, um dos principais personagens da Operação Lava Jato, voltará a ser leiloada na próxima segunda-feira, 3, após não ter sido arrematada em duas tentativas no ano passado. A venda foi determinada pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, com objetivo de recuperar parte dos recursos desviados da petroleira.

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O lance mínimo para levar a embarcação, chamada Costazul I, é de R$ 1,7 milhão, valor da avaliação judicial. Caso não apareçam interessados, haverá uma nova convocação para 13 de outubro, com 40% de desconto.

Em 2015, o lance inicial era de R$ 3 milhões e, na segunda tentativa de venda, de R$ 2,4 milhões. Não foram feitas ofertas em nenhuma das duas oportunidades.

A queda de 43% do valor inicial (de R$ 3 milhões, no ano passado, para R$ 1,7 milhão) é resultado de uma reavaliação do valor de mercado, considerando “a desvalorização da embarcação pelo modelo e ano”, de acordo com a área jurídica da plataforma online de leilões Superbid, que fará a venda.

A lancha tem débitos referentes ao aluguel do espaço que ocupa na Marina do Condomínio Portobello Resort e Safari, em Mangaratiba (RJ), num total de R$ 61.667, atualizados até 01 de julho deste ano. O pagamento terá que ser feito por quem arrematar a embarcação.

A Costazul I, modelo 2013, tem 13,7 metros de comprimento (com 45 pés) e dois motores de centro com Eixo Volvo Penta. A embarcação está em nome da empresa Sunset Global Investimentos e Participações, de propriedade de Costa.

Os lances podem ser feitos pela internet, no endereço: http://data.canaljudicial.com.br/auction/offerDetail.htm?auction_id=52666&offer_id=1091464.Também é possível fazer oferta presencial, na sede da Superbid, em São Paulo, localizada na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105, 4º andar. 

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O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras é um dos delatores do esquema de corrupção e propinas na petrolífera. 

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