
15 de outubro de 2010 | 19h27
Para a senadora, nunca houve dúvidas quanto à ligação de ambos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua candidata. Kátia cita como prova dessa ligação as decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) de condenar a liberação de recursos públicos "utilizados pelo MST para invadir terras" e das vezes em que Lula e Dilma posaram para fotos usando o boné dos sem-terra. Foi - acredita - uma clara demonstração de que a candidata "veste a ideia de patrocinar invasões com o dinheiro do contribuinte". "Eles (MST e Via Campesina) são petistas", afirma. "Fizeram tudo o que era esperado neste segundo turno da eleição presidencial", acrescentou.
A senadora lembra, ainda, que há cerca de quatro meses, João Pedro Stédile, um dos líderes do MST, foi categórico ao prever que o resultado das eleições repercutirá de duas maneiras no campo. "Se der Serra, ele afirma que haverá sangue no campo, e que as invasões continuarão se a Dilma for eleita", afirma.
De acordo com a senadora, a CNA está impedida pelo seu estatuto de se envolver em política partidária. "Agora eu, como parlamentar, posso garantir que a grande maioria dos produtores vai votar em José Serra, porque não aguenta mais tantas indefinições na política fundiária, ambiental e agrícola do País". "E é a insegurança jurídica que traz o encolhimento da produção, impedindo o País de avançar numa das áreas mais importante da produção".
Kátia diz que não descarta por completo o conhecimento técnico de Dilma Rousseff na área de energia, mas que isso não a habilita a governar o País, "sem ter experiência política e administrativa".
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