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Kátia Abreu critica ex-ministros de Dilma que votarão pelo impeachment no Senado

Senadora utilizou sua conta no Twitter para chamar de 'hipócritas' aqueles que ocuparam cargos no governo e mudaram de lado

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Por Elizabeth Lopes
Atualização:

Enquanto os senadores discursavam no plenário do Senado Federal, antes da votação da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff, a senadora e ministra Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), utilizou sua página na rede de microblogs Twitter, na madrugada desta quinta-feira, 12, para defender a presidente, de quem é amiga pessoal, e criticar os ex-ministros da gestão petista que agora defendem o seu afastamento.

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Nos ataques, Kátia classificou de "hipócritas" aqueles que ocuparam cargos no executivo federal e mudaram de lado. "Oportunismo é abominável. Amigos ontem e inimigos hoje", destacou. E na defesa de Dilma, reiterou: "Esta mulher não é desonesta e não cometeu crime de responsabilidade. Falta de popularidade se cura nas urnas."

Ministra da Cultura durante o primeiro mandato de Dilma, a ex-petista Marta Suplicy (PMDB-SP) declarou que votará pela abertura do processo no Senado. Ex-ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM) está afastado por licença médica, assim como Jader Barbalho (PMDB-PA), que não comandou nenhuma pasta durante os mandatos da presidente, mas indicou seu filho Helder Barbalho para ser ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos. Edison Lobão (PMDB-MA), que foi ministro de Minas e Energia durante o primeiro governo Dilma, disse estar indeciso.

"Ter lado e defender sua tese é louvável e até admirável. Mudanças oportunistas de quem usufruiu anos e agora acusar é fácil e pusilânime", disse a ministra em outro post. Na sua avaliação, toda essa situação será um péssimo exemplo para os jovens do País.

Sem citar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, cotado para ocupar a pasta da Fazenda na gestão de Michel Temer, ela ironizou: "Quem deu birra pra indicar presidente de banco?" Além de ter comandado o BC, Meirelles foi presidente mundial do Bank Boston.

Ainda no Twitter, Kátia Abreu disse que se a intenção é melhorar a política, não se pode aceitar o oportunismo, pois coerência é fundamental. E advertiu: "Estão jogando o seu inimigo na oposição para lhes morder em 2018. Quem viver verá." Segundo a ministra, de cada dez brasileiros, sete querem novas eleições. E voltou às críticas, dizendo que "popularidade vai e vem, mas caráter e dignidade se forem não voltam nunca mais", argumentando que não viu os detratores e ex-apoiadores de Dilma reconhecerem que participaram dos erros, só dos acertos de seu governo. "Assim é muito fácil", alfinetou.  

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