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Kassab vê ''reconhecimento'', mas PT contesta pesquisa

Já tucanos estão mais confiantes nas ?grandes possibilidades? de Alckmin

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Por Redação
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A pesquisa que mostra disputa acirrada na corrida à Prefeitura de São Paulo, divulgada ontem pelo Estado, deixou "muito contente" Gilberto Kassab (DEM), intrigou os aliados de Marta Suplicy (PT) - que consideram "questionável" a súbita ascensão do prefeito - e deixou os tucanos mais confiantes nas "grandes possibilidades" de Geraldo Alckmin (PSDB). Confira os números completos da pesquisa da Toledo & Associados Kassab ressalvou que sua preocupação maior continua sendo a administração da cidade, mas declarou que os resultados da consulta, que lhe conferem 20,4%, o deixaram feliz. "Não estamos ainda vivendo a fase de campanha, então é evidente que todas as minhas energias estão canalizadas para a prefeitura. Mas é gratificante e estou muito contente com a pesquisa, porque mostra o reconhecimento e a identidade da população e do eleitor com a gestão. Isso nos dá alento junto com a equipe de continuar a perseguir as metas desenhadas." José Américo, presidente municipal do PT e provável coordenador de campanha de Marta, disse que a pesquisa deixou o partido intrigado. "Os resultados são contraditórios", assinalou. "Além da flagrante diferença entre esses dados e os que foram obtidos por grandes institutos, há um detalhe muito curioso porque esse trabalho chega ao paradoxo de apresentar quase o mesmo índice de intenção para Kassab na estimulada e na espontânea." A Toledo & Associados ouviu 1.020 paulistanos no período de 7 a 10 de março. A sondagem indica que Marta tem 22,3% das intenções e Alckmin alcançou a marca de 27,6%. "Vamos pedir ao TRE cópia da pesquisa para uma análise", disse Américo. "O desempenho da Marta apontado nessa pesquisa não bate com levantamentos que o PT tem feito ou com a verificação de outros institutos." A cúpula do PT espera apenas pela decisão oficial de Marta. "A candidatura é bem-vinda", declarou Ricardo Berzoini, presidente nacional da legenda. "Só depende dela. Teremos apoio da imensa maioria do partido. A vantagem é que sairemos de um patamar de intenção de voto muito bom." "O que há claramente é um reconhecimento do trabalho do Geraldo por São Paulo", anotou o deputado Edson Aparecido (PSDB-SP). "Nossa preocupação agora é procurar definir um amplo leque de forças em torno da sua candidatura." Em Porto Alegre, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem que o presidente Lula vai apoiar "de forma genérica" os candidatos do PT e da base aliada para as prefeituras, sem subir nos palanques. "O presidente, até onde percebo, não terá participação direta." FAUSTO MACEDO, ROBERTO ALMEIDA e ELDER OGLIARI

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