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Kassab diz que tem 'sonho de ver Serra presidente'

Por CAROLINA FREITAS
Atualização:

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse hoje que sonha em ver seu mentor, o governador José Serra (PSDB), presidente da República. Questionado sobre quem gostaria que o sucedesse na Prefeitura em 2012, Kassab foi reticente no âmbito municipal, mas incisivo no federal. "No momento adequado, definiremos os candidatos liderados pelo nosso comandante político na cidade, o governador José Serra. Eu tenho um sonho: que Serra seja presidente da República." Apesar de ausente na inauguração de um trecho do Expresso Tiradentes, na zona leste da capital paulista, o governador de São Paulo foi uma constante nos discursos de vereadores, de Kassab e do vice-governador Alberto Goldman (PSDB), que representava o tucano. Virtual candidato do PSDB à Presidência em 2010, Serra foi aclamado como o autor da reformulação do projeto do corredor de ônibus. A ideia do grande corredor surgiu na gestão do ex-prefeito Celso Pitta, mas teve atrasos e alterações e ainda não foi concluído. "O povo acreditou no Fura-Fila de Pitta, mas nós sabíamos que era inviável. Durante anos, tivemos palitos suspensos por parte da cidade, atrapalhando o trânsito, sem servir para nada", criticou Goldman. "Serra e Kassab remodelaram o projeto para atingir Cidade Tiradentes." O vice-governador de São Paulo fez questão de citar investimentos do governo do Estado no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e a parceria entre município e administração estadual. "Mostramos ao País como trabalhar integradamente com o interesse público acima de qualquer interesse político eleitoral ou partidário", disse Goldman, reproduzindo um discurso de Serra. Aécio Sem citar o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), Goldman rebateu as declarações do mineiro de que haveria uma tentativa de decidir o candidato tucano a 2010 a partir da Avenida Paulista, em referência implícita a Serra. Ontem, Aécio havia dito que "não se constrói um projeto para o País de alguns gabinetes da Avenida Paulista, mas caminhando pelo País". O vice-governador paulista respondeu: "O futuro do País é sempre decidido pelo povo na urna. Serra ainda tem dois anos de mandato e tem de trabalhar para administrar São Paulo. Até o momento em que a legislação, eventualmente, obrigue algum de nós a deixar o cargo para ser candidato, faremos isso."

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