Kassab confirma candidatura ao Senado na chapa de Skaf

Anúncio ocorre após desistência do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles em disputar a vaga; ex-prefeito havia negado interesse em disputar as eleições na semana passada

PUBLICIDADE

Por ELIZABETH LOPES E RICARDO CHAPOLA
Atualização:
Paulo Skaf ao lado de Gilberto Kassab Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Atualizado às 14h39

PUBLICIDADE

São Paulo - O ex-prefeito e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou na tarde desta segunda-feira, 30, na convenção estadual de sua sigla que a aliança com o PMDB de Paulo Skaf na corrida ao governo do Estado de São Paulo foi aclamada por unanimidade dos correligionários. Em breve discurso, confirmou que está à disposição do presidente da Fiesp para disputar o Senado Federal em sua chapa majoritária. 

A candidatura, adiantada nesta segunda pelo ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos ocorre após o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles desistir de disputar a vaga pela chama do PMDB no Estado. Kassab, que na semana passada afirmou que não disputaria nenhum cargo nestas eleições, disse que a aliança entre os dois partidos tem força política, eficiência e competência. E homenageou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que assumiu em discurso na convenção que tem mais perfil para executivo do que para cargo legislativo. “Ele disse que gosta da vida pública e sei que aceitaria a missão (de disputar o Senado Federal), mas vai contribuir para o País sem ser candidato nestas eleições.” 

Kassab lembrou que Meirelles foi convidado “de forma respeitosa” para integrar a chapa do tucano Aécio Neves como vice-candidato à Presidência da República. E disse que não poderia ter convite melhor para ele do que assumir a Secretaria da Fazenda de São Paulo, “que é maior do que muito ministério” e importante para o Estado e para o País.Para suplente, foi indicada Alda Marco Antonio (PSD). 

Presente no evento, Skaf aproveitou o discurso para convidar Meirelles assumir a Secretaria da Fazenda de São Paulo, caso seja eleito em outubro. Além do PSD, o candidato conta com o apoio do Pros e do PDT. Já o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), disse que o apoio do PSD torna possível a formação de um grande bloco federal, “pois as siglas (incluindo outras como o PDT) estão juntas no plano federal e em Estados importantes, como São Paulo.”
'Pé quente'. O presidente estadual do PMDB em São Paulo, deputado Baleia Rossi, saudou a aliança firmada por seu partido com o PSD e disse que o ex-prefeito e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, “é pé quente” em disputas eleitorais. “Estou feliz com nossa aliança a nível nacional com a presidente Dilma Rousseff (PT) e aqui com Paulo Skaf (PMDB).” 
O ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, disse que a aliança é vitoriosa nos níveis federal e estadual. No discurso, Afif disse que “o Brasil apostou contra o PSD e contra o Kassab” e que a presidente Dilma Rousseff apoiou muito a criação e a consolidação do partido. “É por isso que apoiamos a reeleição de Dilma”, disse.
Para Afif, o melhor caminho para São Paulo é unir forças com o PMDB de Paulo Skaf. “O PSD passou a ser o partido da vez, procurado por todos, porque os outros partidos sentiram a nossa solidez.” E disse não ter dúvida de que é importante agregar “nesta batalha” eleitoral os militantes, por isso, lançava o nome de Kassab ao Senado na chapa de Skaf.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.