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Justiça recolhe passaportes de envolvidos no caso Celobar

Por Agencia Estado
Atualização:

A juíza Patrícia Cogliatti de Carvalho, da 38ª Vara Criminal do Rio, determinou hoje o recolhimento dos passaportes de quatro envolvidos no caso Celobar. A pedido do delegado Renato Nunes, ela proibiu de saírem do País o diretor-presidente do laboratório Enila, Márcio D?Icarahy, a farmacêutica Márcia Fernandes, o químico Antônio Carlos Fonseca e o gerente de produção Wagner Teixeira. A decisão judicial teve por base laudo do Instituto Médico Legal (IML) divulgado hoje, que segundo a polícia confirma ser o Celobar a causa da morte de Ricardo Diomedes, de 57 anos. Ele morreu no dia 22, menos de 24 horas após ter ingerido o medicamento, e o exame detectou sais solúveis de bário em suas vísceras. O Celobar é suspeito de ter causado pelo menos outras 21 mortes. Flávio Diomedes, irmão de Ricardo, esteve no IML e afirmou que vai processar o Enila. O diretor do IML, Roger Ancillotti, disse que foram encontrados, em média, 7,3 miligramas de bário por quilo de peso no exame realizado no corpo de Diomedes. "A literatura internacional informa que 5,7 miligramas por quilo de peso são suficientes para matar uma pessoa", afirmou. Ancillotti contou que a quantidade de bário detectada no baço, nos rins, no fígado e na bexiga da vítima seria suficiente para matar três pessoas. Álvaro Lins disse que ainda não é o momento para pedir a prisão dos envolvidos. "Pode até haver indícios. Mas o delegado, por uma questão processual, entendeu que não é a hora para pedir a prisão temporária ou preventiva. É uma investigação complexa, que depende de laudos técnicos, e com esse pedido teríamos que encerrar o inquérito em apenas dez dias."

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