PUBLICIDADE

Justiça pode decidir até terça se Dirceu vai trabalhar

Desde o final de dezembro, ex-ministro espera aval para trabalhar como organizador de biblioteca no escritório de advocacia de um amigo

PUBLICIDADE

Por Ricardo Brito
Atualização:

O advogado José Luis de Oliveira Lima, defensor do ex-ministro José Dirceu, disse neste sábado (08) que a Vara de Execuções Penais de Brasília pode decidir até terça-feira se o seu cliente poderá deixar a cadeia para trabalhar durante o dia. Desde o final de dezembro, Dirceu espera o aval da Justiça para começar a trabalhar como organizador da biblioteca do escritório do advogado José Gerardo Grossi, amigo do ex-ministro.Preso desde meados de novembro após condenação no mensalão, o ex-chefe da Casa Civil vai receber R$ 2,1 mil pelo trabalho, caso seja aceito. No início de dezembro, ele desistira de outro emprego, para ser gerente de um hotel em Brasília com salário de R$ 20 mil. Criticou, por meio de advogados na ocasião, ter sido alvo de um "linchamento midiático"A análise do pedido de Dirceu para trabalhar no escritório de advocacia havia sido suspensa no final do mês após a imprensa ter revelado que o ex-ministro teria usado um aparelho celular no Complexo Penitenciária da Papuda, na capital.Uma apuração interna da cadeia concluiu que o fato era "inverídico" e, mesmo sem ter ouvido Dirceu, determinou o arquivamento do caso. A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, entretanto, mandou a Subsecretaria do Sistema Penitenciário de Brasília e o presídio refazerem a investigação. Não se sabe se essa apuração já foi concluída.Questionado se espera uma decisão favorável da Justiça sobre o pedido de trabalho do seu cliente, o defensor de Dirceu preferiu não comentar. "Não falo nada, eu aguardo, não tenho expectativa. Vou recorrendo quando negam (os pedidos) e fico em silêncio quando ganho", disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.