Justiça nega habeas corpus a ex-diretor da Petrobrás preso

Paulo Roberto Costa segue para Curitiba (PR), onde corre o inquérito da Operação Lava Jato da Polícia Federal

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Por Vinicius Neder
Atualização:

RIO - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, preso na quinta-feira na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), teve o pedido liminar de habeas corpus negado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, informou seu advogado, Fernando Fernandes.

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Em prisão temporária até segunda-feira, o ex-dirigente está em trânsito para Curitiba (PR), onde corre o inquérito da Operação Lava Jato. Mais cedo, os defensores do ex-dirigente solicitaram ao delegado da PF no Rio para que ele não fosse transferido.

A PF acusa Costa de tentar destruir evidências que poderiam ser utilizadas na investigação, que não tem relação com a estatal.Fernandes disse ao Estado que recorrerá ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mesmo sem o pedido de habeas corpus ter sido julgado no Tribunal Regional Federal.

"Costa é acusado de corrupção passiva, mas ele não é funcionário público há dois anos e não cabe prisão para esse tipo de crime", disse Fernandes.

Costa era diretor da Petrobrás quando a operação de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), foi realizada. Como divulgou o Estado, ele foi um dos responsáveis por elaborar o relatório técnico, considerado "falho" pela presidente Dilma Rousseff, que participou da decisão como presidente do Conselho de Administração da estatal. O negócio foi prejudicial para a empresa, como revelou o Estado em julho de 2012.

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