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Justiça mantém empresários da Ronaldo presos

Por Agencia Estado
Atualização:

Os empresários de futebol Reinaldo Pitta e Alexandre Martins, que trabalham para o atacante Ronaldo, do Real Madri, presos sob acusação de envolvimento na remessa ilegal de US$ 33,4 milhões para a Suíça por uma suposta quadrilha de servidores -entre eles o ex-subsecretário da Fazenda no governo Anthony Garotinho (PSB) Rodrigo Silveirinha - continuarão na cadeia. O desembargador federal Paulo Espírito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, negou hoje liminar ao habeas corpus ajuizado pelo advogado Alexandre Dumans pedindo a revogação da prisão dos clientes. Agora, o destino dos dois depende da 2ª Turma do TRF, à qual pertence o magistrado. Pitta e Martins foram presos na última segunda-feira, com outros três acusados, na 3ª Vara Criminal Federal, por ordem do juiz Lafredo Lisbôa, após prestarem depoimento no processo sobre o caso. Embora reconhecessem ser amigos de alguns dos réus, os dois negaram envolvimento com irregularidades. No habeas corpus, Dumans alegou que não existe prova do crime, já que as contas suspeitas não tiveram seu sigilo quebrado, e lembrou que seus clientes sempre se apresentaram sem problemas à Polícia Federal e à Justiça, não havendo, portanto, motivo para alegar que poderiam atrapalhar o processo ou fugir. Ele também recordou que Pitta e Martins são réus primários e têm endereço certo. Para o desembargador, porém, já há indícios de autoria pesando contra os dois. O desembargador afirmou ainda que, soltos, Pitta e Martins "poderiam causar novos prejuízos aos cofres públicos", por poderem movimentar facilmente recursos no exterior. Por isso, sua prisão deve ser mantida, em sua avaliação, para garantir a ordem pública. Espírito Santo afirmou que a instrução criminal, iniciada a partir de denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, apurará todos os fatos, com a necessária produção de provas e garantia da ampla defesa dos acusados. O magistrado também decidiu enviar para a 2ª Turma julgar os habeas corpus de outros três acusados, os auditores Sérgio Jacome de Lucena, Axel Rippol Hamer e Hélio Lucena Ramos da Silva, também presos. Veja o índice de notícias sobre a corrupção no Rio

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