Justiça impede quebra de sigilo do filho de Covas

Zuzinha é citado pelo MP em investigação sobre suposto superfaturamento de R$ 37,7 milhões em contratos

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Por AE
Atualização:

O  Tribunal de Justiça revogou decisão da 14.ª Vara da Fazenda Pública e restabeleceu o sigilo bancário e fiscal do advogado Mário Covas Neto, o Zuzinha, filho do governador Mário Covas (morto em 2001). Citado pelo Ministério Público em investigação sobre suposto superfaturamento de R$ 37,7 milhões em contratos firmados em 1996 pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) com empresas de segurança, Zuzinha teve o sigilo quebrado em 4 de setembro pelo juiz Randolfo Ferraz de Campos. Mas, mediante recurso, seu advogado, Áttila Sipos, obteve liminarmente ordem do desembargador Osvaldo de Oliveira, da 12.ª Câmara de Direito Público do TJ, que derrubou a medida, preservando os dados confidenciais de Zuzinha. "A quebra do sigilo é barbaridade jurídica porque foi deferida com base em acusação improcedente e irresponsável do ex-deputado Afanasio Jazadji", reagiu Sipos. "O pretenso superfaturamento diz respeito exclusivamente a administradores da CDHU à época. Não tem qualquer relação com Mário Covas Neto, advogado prestigiado que nunca pertenceu a qualquer órgão público nem às empresas mencionadas", disse o advogado. Para o filho de Covas, o objetivo da promotoria é submetê-lo a constrangimentos. "É ação intempestiva e inócua, me envolve em contratos entre empresa pública e empresas privadas das quais nunca fiz parte. Nunca fui chamado pelo Ministério Público. Nada tenho a temer. Quem tem a temer é o ex-deputado, que foi condenado em ação por danos morais que movi contra ele", afirmou. "Interesse particular não tenho, meu interesse é apurar falcatruas", declarou Jazadji. "Como deputado, simplesmente fiz as comunicações devidas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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