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Justiça destitui interventor da Finatec

Por Ana Paula Scinocca
Atualização:

Menos de uma semana depois de ter sido nomeado interventor da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), Luiz Augusto de Souza Fróes foi destituído do cargo pela Justiça. O juiz Aiston Henrique de Sousa, da 6ª Vara Cível do Distrito Federal , determinou a saída de Fróes e indicou para o posto o administrador Washington Maia Fernandes. O interventor da Finatec foi indicado pelo Ministério Público (MP) depois de a instituição ter determinado o afastamento dos cinco diretores da fundação. Souza justificou a destituição por ter considerado precipitada a atuação de Fróes como interventor. Ele tomou posse na segunda-feira, mas, no dia 9, pediu ao MP que convocasse a polícia para vigiar as dependências da instituição. O juiz também considerou inadequada a decisão de Fróes de dispensar 12 gerentes da Finatec do trabalho até 27 de março, sob o argumento de que eles eram ligados à administração anterior. "A prudência manda que a administração judicial se dê de forma discreta, sem alarde, de modo a não interferir no normal funcionamento da entidade sob administração, sempre observando o norte da medida. Se não havia indícios claro da prática de crime, como ocultação das provas ou desvio de patrimônio, não havia necessidade de invasão policial", afirma Souza na decisão. Na terça-feira, os cinco diretores afastados da Finatec haviam pedido na Justiça a destituição do interventor do cargo. A instituição teve intervenção por, supostamente, fazer gastos incompatíveis com a atividade científica. Teria gasto, por exemplo, R$ 470 mil para comprar carro de luxo e decorar o apartamento do reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland.

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