O Tribunal Regional Federal da 2ª Região decretou nesta quinta-feira, 14, a prisão preventiva do deputado estadual cassado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Álvaro Lins . O pedido foi feito pela Procuradoria Regional da República no Rio, dois dias depois de Lins ter seu mandato cassado pela Assembléia Legislativa do estado. O ex-deputado é acusado de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis quando era chefe da Polícia Civil do Estado, de 2000 a 2006, nos governos de Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, todos do PMDB. Ele é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e formação de quadrilha armada. Veja também: Lins recorrerá ao TJ-RJ para retomar mandato Assembléia do Rio cassa mandato do deputado Álvaro Lins Lins foi preso no fim de maio durante a operação Segurança Pública S/A, da Polícia Federal (PF). Na ocasião, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Garotinho, acusado de ter dado sustentação política à "organização criminosa" supostamente comandada por Lins. A prisão, porém, durou pouco - ele foi solto no dia seguinte, por decisão de colegas da assembléia (40 votos a 15), que a consideraram, na época, "ilegal". O relatório aprovado pelo Conselho de Ética é baseado principalmente nas provas enviadas pela PF. O corregedor da Casa, deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), comentou a decisão de Lins de retirar o recurso que havia apresentado na sexta-feira à CCJ: "Talvez o deputado tenha avaliado que politicamente teria menos desgaste assim." Lins nega as acusações. Nesta segunda, antes de retirar o recurso, ele alegou que houve cerceamento de defesa.