Justiça bloqueia bens de braço direito de deputado federal

Bloqueio dos bens de Jerônimo da Silveira refere-se à denúncia de desvio de verba; o deputado Mário de Oliveira é acusado de mandar matar colega e se defende

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Por Redação
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A Justiça em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, determinou o bloqueio de bens do pastor Jerônimo Onofre da Silveira, braço direito do deputado federal Mário de Oliveira (PSC-MG), e da Escola do Ministério Jeová Jiré, organização não-governamental (ONG) ligada à Igreja do Evangelho Quadrangular, presidida por Oliveira. O bloqueio se refere à uma denúncia envolvendo desvios de verbas públicas em Contagem. Investigações da Polícia Civil de São Paulo apontaram o deputado federal como mandante de um plano para matar o também deputado federal Carlos Willian (PTC-MG). Oliveira reafirmou nesta sexta-feira, 13, inocência, mas caiu várias vezes em contradição. Sem dar nomes, ele disse que considera as acusações uma "armação". "Sou inocente. Durmo bem, como bem, estou tranqüilo", disse. No mês passado, um funcionário da igreja foi detido pela polícia de São Paulo após envolvimento com um suposto matador de aluguel. Em grampos telefônicos, foi descoberto um suposto plano para assassinar Carlos Willian. O funcionário disse que o mandante do crime seria Oliveira. O PSC entrou com representação contra o parlamentar por quebra de decoro no Conselho de Ética da Câmara e o processo será analisado após o recesso parlamentar, que termina em 1º de agosto. "Essa defesa eu estou estudando com o advogado. Estamos trabalhando, elaborando e analisando como será a defesa (no Conselho de Ética). Se ele disse que eu o agredi deve estar mentindo." Oliveira e Wilian foram correligionários até a última eleição, quando houve um rompimento e os dois saíram candidatos por partidos distintos. "Acho que chega um momento em que as pessoas escolhem um caminho. Eu acredito o seguinte, chegou o momento em que ele (Carlos Willian) tomou a decisão de seguir o caminho sozinho, para outro lado, e eu segui o meu caminho", afirmou. (Eduardo Kattah, do Estadão, e Carlos Eduardo Cherem, da Agência Estado)

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