
12 de março de 2010 | 13h52
A Justiça não deliberou sobre um outro requerimento, relativo à quebra do sigilo bancário e fiscal de João Vaccari Neto - tesoureiro do PT e ex-presidente da entidade entre 2005 e 2010. O Ministério Público (MP) terá que informar precisamente o que há no inquérito que justifique o acesso às contas de Vaccari.
A ordem judicial acolhe apenas uma parte da série de pedidos de Blat, que investiga supostos desvios na Bancoop. Segundo o promotor, houve captação de recursos no fundo Fdic-Bancoop "sem a devida anuência dos cooperados em operações sem qualquer transparência". Ao requerer acesso às movimentações do fundo, Blat afirmou que "mesmo com a quebra do sigilo bancário e fiscal determinada judicialmente em 2009 até a presente data não foi possível analisar a movimentação". Ele quer identificar pessoas físicas e jurídicas "que participaram das movimentações".
O advogado Pedro Dallari, que defende a Bancoop, considerou "uma grande vitória" a decisão judicial. "Todas as operações Fdic são auditadas pela Comissão de Valores Mobiliários", ressaltou. "Os dados são públicos. Não há nenhuma preocupação com a abertura das informações. São fundos de pensão que fizeram aporte financeiro na Bancoop contra garantia que eram os recebíveis. Em 2009 a Bancoop quitou."
Blat afirma que o inquérito aponta para "organização criminosa". Ele calcula que "o prejuízo pode superar R$ 100 milhões". Diz estar convencido que parte do dinheiro supostamente desviado foi destinado a campanhas eleitorais do PT e outra parte para enriquecimento de ex-dirigentes da cooperativa. Ele declarou que, ao fim da investigação, vai requerer indiciamento criminal de Vaccari. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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